terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Tecnologia

 Leio por aí que a empresa chinesa BYD, hoje uma companhia bilionária de infraestrutura de transporte irá fornecer mais de mil ônibus elétricos para o sistema de transportes da Colômbia. Aqui no Brasil eles também estão instalados e há veículos da montadora em circulação em São Paulo. Também fornecerão e vão operar o sistema de monotrilho da linha 17 ouro, linha importante do Metrô da capital paulista, que, quando pronta, vai ligar o Aeroporto de Congonhas até a Berrini e o Morumbi. Uma mina de dinheiro.

Agora, saibam os senhores que tecnologia para ônibus elétricos é coisa que empresas brasileiras dominam há décadas. É o bom e confiável trólebus, modelo de ônibus com alimentação elétrica aérea (como um bonde). Em São Paulo e no ABC até hoje estão em operação, mas não tem o lobby poderoso da China ou de outras empresas que querem fazer valer suas novas tecnologias. 


Perdemos todos nós. A dependência nunca tem fim.





sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Laboratore, oratore e bellatore

Mani sapienti, crine arruffato, pelle bruna e corpo squadrato
Uomo di terra, dimmi chi sei e al tuo signore cosa donerai?
Sono fratello alla terra bruna, curo i miei campi seguendo la luna
Del mio padrone io so il fiero volto, per sua grandezza anche io ho il mio raccolto
Per la mia terra e il suo colore, il mio sudore in pegno darò!


Barba canuta, occhi incavati, mani sottili e gesti pacati
Uomo di Dio, dimmi chi sei e al tuo signore cosa donerai?
Sono vassallo, ma solo di Dio, anche se nulla posseggo di mio
Con i miei fratelli lavoro in silenzio, siamo i custodi di antica sapienza
So che il mio seme mai darà frutto, questo è il tributo che in pegno darò!


Biondi capelli, occhi splendenti, alta statura, spada lucente
Uomo di guerra, dimmi chi sei e al tuo signore cosa donerai?
Nobile è chi sa di bosco e di fiume, guerriero chi non attende la fine
Mai le mie chiome saranno bianche, mai le mie membra cadranno stanche
Amo il coraggio, la forza e la vita ed il mio sangue in pegno darò

Amo il coraggio, la forza e la vita ed il mio sangue in pegno darò!




sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O Lord our governor

 Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o Teu nome! Pois expuseste nos céus a Tua Majestade.

Da boca dos pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários para fazerdes emudecer o inimigo e o vingador.

Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste,

Que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e honra o coroaste.

Deste-lhe domínio sobre as obras da Tua mão e sob Seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos e também os animais do campo;

As aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares.

Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o Teu Nome!

Salmos, 8.




quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Gestão pública e bem comum

Dois exemplos: como uma metrópole, tal como São Paulo, poderia abrir mão de uma companhia que pense e organize o seu transporte público por ônibus, como é a SPTrans? Poderia ser discutido se ela poderia ser mais eficiente, se a sua gestão deveria ser compartilhada com outros municípios circunvizinhos, se uma fusão com a EMTU, Metrô e CPTM seria benéfica (duvido muito). Essas empresas públicas precisam gerar dados da operação do serviço público prestado, para que haja mais eficiência naquilo que é oferecido ao usuário. Se simplesmente essas empresas públicas urbanas fossem extintas, o caos urbano seria ainda maior. O gigantismo de mais de 20 milhões de pessoas em uma região metropolitana, igual a Grande São Paulo, exige a existência de empresas gerenciem certos ramos de atividade, porém sem oferecer o produto ou serviço final, como já é hoje.

O outro exemplo é a saúde pública. Defendo a tese que o Brasil é um país que não saiu totalmente do estado de natureza. Essa terra e os povos que aqui habitam ainda precisam ser civilizados. Não há ética. Possa o funcionário lesar o patrão ou vice-versa, isso será feito. A máxima definição do ser brasileiro é a lei de Gérson. Na saúde é preciso assegurar que uma pessoa, se puder ser salva ou ter a sua dor minimizada, isso deve ser garantido. Pode haver lucro na saúde, na educação ou na exploração da água potável. O que se deve combater é a ideia de que quem não possua dinheiro não possa ter acesso a isso. Sobretudo a saúde, que é no fim a própria existência. É a vida com abundância. Se pode viver sem escola, mas por essência, sem saúde só existe a morte.

Um sistema de saúde privado complementar como existe hoje no Brasil é bom. E o SUS, como conceito é bom, embora a execução seja a pior possível. Quando se liga a tv no Datena e vemos uma mulher agonizar até a morte, implorando por um atendimento simples, não há outro sentimento possível senão o ódio contra essa falta de sensibilidade e de respeito com uma pessoa. E esse desrespeito é provindo de um sistema, de uma burocracia pública e financeira. É inaceitável. Melhorar a gestão e a eficiência de todo o serviço público deveria ser a meta essencial de todo político, mas a próxima eleição ou o tráfico de influência está aí, na cara do gol. A rixa entre o público e o privado é falsa. Precisamos salvar as pessoas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O credo comum.

 Superar a divisão entre direita e esquerda. Divisão rasa e insuficiente, que só causa cizânia nas sociedades. É preciso se voltar para as pessoas e os princípios. Defesa dos direitos naturais, da descentralização do poder, do governo limitado e responsável, da liberdade irrestrita de expressão e de culto, do compromisso com o revezamento dos grupos de poder. Devem ser valores que aqueles que se dizem de direita devem crer, seguir e defender.... e aqueles que são de esquerda também! A defesa das soberanias nacionais, da existência natural das nações, dos acordos bilaterais em economia e política. O compromisso com a busca do pleno emprego. A elaboração de mecanismos para a limitação e controle do poder financeiro e da espoliação das pessoas pela escravidão dos juros. O respeito pelas vicissitudes únicas de todos os indivíduos. É o credo unitário e comum. 

Marco Maciel e Fernando Henrique Cardoso: o cúmulo do centrismo político no Brasil é o que chegou mais próximo desse credo comum.


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A Angústia

Angústia (1880), August Friedrich Schenck.

Que imagem!



"Valores modernos"

 

Essa é a família moderna! "A mamãe é o alto ou o barbudo?"

Original: http://reverentia-lusa.blogspot.com/2016/12/valores-modernos.html



O cenário eterno.

 Um amigo está se preparando para ir morar nos Estados Unidos. Seguindo o já manjado caminho de imigrante que vai com a cara e a coragem. Me convidou para ir junto e embarcar nessa aventura. 

Confesso que conhecer os Estados Unidos sempre foi uma ideia que rondou a minha mente com alguma recorrência. Nada de Nova Iorque, Miami ou Los Angeles, ou ainda Newark, lugar apinhado de brazucas por todas as partes. Me interesso pela América profunda, pela América branca que elegeu Trump presidente quatros anos atrás.

Cidades pequenas ou médias (ou mesmo grandes para o padrão americano, como Boston, Houston ou Atlanta) sempre me chamaram a atenção em filmes e seriados. NY? Já tenho São Paulo com a mesma cara. Prefiro a minha terra bandeirante mesmo.

Não sei se teria a coragem para emigrar. Não tenho o perfil de profissional que esses países precisam. Sou burocrata público e professor. Que faria na América? Jardinagem, garçom, carregador de caixas, pintor de paredes? Não se encaixa muito no meu perfil. 

São Paulo tem muitos defeitos e as soluções não se aproximam no radar: trânsito, transporte público deficitário, habitação, criminalidade, carestia e favelização. Tudo isso é real e uma realidade que compartilhamos com toda cidade média e grande do Brasil. 

Hoje ainda prefiro apostar no ritmo lento que a vida tem se encaminhado pra mim. A possibilidade de ascensão na carreira do funcionalismo, a chance de empreender um pequeno comércio. Comprar um apartamento pequeno e um carro seminovo. É aquilo que hoje se entende de classe média nesse país. E pensar que onde moro todos éramos de uma antiga classe média, de pais e avós funcionários de indústrias, que tinham uma renda e um poder aquisitivo bem maior para uma denominada classe média do que hoje uma dita middle class tem. 

Ao contrário dos ansiosos, que veem os dias se passando de maneira muito lenta, para mim, todo dia é como o outro e voa, passa como um conto ligeiro. Meu feriado de finados teve quatro dias e parece na minha cabeça que apenas o primeiro dia passou (quando, na verdade, o feriado começou na sexta e hoje é segunda a noite).

Fernand Braudel, o historiador das longas durações.

Já registrei aqui: a minha vida é marcada pela lentidão das decisões e das mudanças. Tudo é tardio. Exceto o tempo, pois esse passa muito rápido. Eu invejo quem consegue ver seu tempo passar mais lentamente. Três décadas já se foram. Muitos dias se passaram e as coisas, apesar de todas as mudanças e transformações parecem estar mais ou menos no mesmo lugar. O Diogo Mainardi fala que o Brasil é como um desenho da Hanna Barbera, onde só mudam as ilustrações dos personagens em ação, mas o fundo onde se passa é sempre o mesmo. A minha vida é como um desenho da Tartaruga Tuchê ou da Formiga Atômica, ou ainda do Pica Pau. Os episódios tem sempre o mesmo cenário: a mesma casa, as mesmas pessoas, as mesmas roupas, tudo é rápido em volta mas o cenário permanece lá, parado.

O amanhã será mais um dia. A próxima emenda de feriado já está na cara do gol. Tudo vai continuar se repetindo. É sempre o dia da marmota. Certo estão os historiadores que estudam as permanências e não as mudanças. Aquilo que dura vale mais do que o que se passa. O cenário é eterno. 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Ano de eleição

É ano de eleição. E ainda me recordo daquela última que se passou em 2018. Pra quem viu a nova direita ser parida em comunidades do Orkut, Wunderblogs e um podcast simples, pensar que dez anos depois um presidente seria eleito "indiretamente" por essa turma é uma coisa ainda difícil de acreditar. Não fosse a realidade eu não acreditaria. Parece peça de ficção.

As eleições vão e vem e algumas coisas permanecem. São Paulo, por exemplo, continua sendo palco prioritário para aventureiros políticos. Vide o que foi João Dória Júnior, em 2016 e 2018. Vide Joice Hasselmann, Alexandre Frota, Tiririca (esse já veterano).

São Paulo continua sendo uma pátria roubada. A pátria lesada, por excelência. E os emboabas que aqui vivem e os paulistas, que deveriam ser mais cônscios de sua história e de sua honra, poderiam dar um basta nisso. Poderiam colocar o tema da revisão do papel de São Paulo na federação brasileira em discussão. Federação, confederação, federalismo fiscal, federalismo hegemônico, códigos penais estaduais, secessão, mas nada do que importa é debatido. 

As eleições vem aí e as conversas moles se reproduzem. Mais saúde, educação, transporte, saneamento básico, etc. Em resumo, mais gastos. É um saco sem fundo. Quanto mais se gasta, mais dinheiro é preciso.

domingo, 2 de agosto de 2020

A imaginação criativa

As redes sociais são sorvedouros de nosso excasso tempo. Ao contrário dos ansiosos de plantão, para mim os dias ainda voam como um conto ligeiro. O pior é que gasto muito tempo acompanhando nulidades na web.
Mas uma brincadeira boba que vi nesse fim de semana foi a de contar quais eram os sonhos profissionais das fases de sua vida.

Na infância eu queria ser comerciante. Brincava pegando alguns mantimentos no armário e colocava no balcão da janela do quarto, que virava assim o meu entreposto. Noutra ocasião comprei um lote de lapiseiras azuis clara (lembro bem) e cheguei a fazer uma plaquinha para vende-las que afixei no portão. Pelo menos uma vendi, mas acho hoje que foi algo combinado com algum colega do meu pai. Não sei como ainda não tive a coragem de montar alguma atividade comercial agora na vida adulta. Ainda tenho essa pretensão. Um mercado, bazar, lanchonete, padaria. Alguma coisa do gênero.

Quando eu estava já me achando um mocinho, inventei de ser político. Me encantava o mundo do horário eleitoral gratuito. Os santinhos, réguas, caixas de fósforo, chaveiros e porta títulos. Não aceito até hoje que tenham acabado com tudo isso. Hoje as campanhas eleitorais são um saco. Tudo feito com a pretensão de atrair o voto do eleitor pela razão. Era mais barato quando se distribuiam esses gracejos. O eleitor moderno deveria ser convencido pelo cérebro mas ainda se deixa levar pelo estômago. Eu ainda tenho um boné do Oscar Schmidt senador 98, pelo PPB do Maluf. Aqueles eram os meus modelos: Maluf, Quércia, Campos Machado, Antonio Carlos Cabreira (candidato a governador em 2002). Do Tuma, dos tucanos e da esquerda nunca gostei. Inexplicavelmente. Acho que vem dessa época a minha mente prodigiosa em imaginar o que poderia ser feito pelo poder público na cidade. Na minha cabeça muita coisa podia ser mudada: transporte público, obras, sistema educacional, número de subprefeituras, etc.

Já quando estava no ensino médio pensei que pudesse ser jornalista. Meus interesses rondavam em torno de transporte público e de futebol. Como trabalhar no ramo logístico nunca me pareceu atrativo, tampouco praticar o esporte bretão eu fazia, pensei que poderia ser um jornalista esportivo. Sem internet e computador na época, me contentava em passar horas vendo tv e buscando no rádio todo o tipo de programação esportiva, especialmente futebol. Gostava, entretanto, mesmo era do rádio, onde havia profusão de veículos que cobriam e transmitiam futebol. Era ouvinte da Jovem Pan mas gostava também da Eldorado, da CBN, da Gazeta, Record, Capital e Globo. Na Bandeirantes eu ouvia o Milton Neves (demorei umas semanas até saber que ele tinha deixado a Jovem Pan e ido pros 840) e alguns outros programas, como o Fanáticos por futebol, do Marcelo Duarte, das 22h00 às 22h30. Aprendi muito com aquele programa. Tantas influências no jornalismo esportivo me levaram a prestar o vestibular da Fuvest para comunicação social. Eu não tinha base nem nível de comparação. Achava que podia passar em jornalismo. Era 2007 e essa foi naquele ano a área mais concorrida da Fuvest. Mais que engenharias, direito ou medicina. Tomei bomba, é claro. No ano seguinte, já mais cioso dos trâmites e sistemáticas, prestei para geografia e fui aprovado para a segunda fase, embora não tenha conseguido entrar também naquele ano. Em 2009, finalmente ingressei no ensino superior, primeiro em geografia, mas depois e definitivamente em história.

Hoje, com três décadas de vida, continuo vendo a vida passar como um conto ligeiro. Os dias se vão e não tenho meu comércio. Não tenho um programa no rádio, nem virei prefeito de São Paulo. Resta me a sinecura do funcionalismo da educação. Sou muito bom no que faço. Ensino bem, mas não me sinto realizado. Sinto grande inutilidade no que faço. Parece que tudo o que eu imaginei não se fez. Tenho uma imaginação extremamente criativa e nada executiva. Queria eu ser prefeito de São Paulo.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

A receita para se governar o Brasil

Existe uma receita totalmente pronta, já testada, sobre como o Brasil deve ser governado. 
Aquele que tentar uma outra fórmula será engolido vivo pelo sistema que domina o país.

Não há nenhum modelo alternativo para governar o Brasil. Só um modelo existe. Só uma fórmula.



Primeiro, nunca tente enfrentar o congresso. Ele vai brigar, brigar e te colocar contra as cordas. Pode você ser o Mike Tyson, mas haverão centenas de Maguilas para te espancar. Herói sozinho nenhum consegue vencer esse bando. 

Segundo, arreganhe as pernas dos ministérios, estatais e autarquias para os afilhados políticos do centrão. Dê a eles tudo o que quiserem.

Terceiro, mantenha um bom acordo com o Supremo Tribunal Federal. Evite ao máximo enfrentá-lo.

Quarto, não mexa com a Polícia Federal.

Cinco, não seja ideológico. Algum palavrório a mais para a plateia é de bom tom, afinal, as pessoas ainda vão precisar de algum estímulo para votar novamente.

Seis, não brinque com a economia com fórmulas econômicas muito restritivas ou muito expansivas. Nem a heterodoxia, nem a ortodoxia. Nem Chicago, nem Londres. O caminho entre a social democracia e o liberalismo social é a única coisa que o Brasil pode suportar. Muito mais à esquerda e ao welfare state o país quebra e muito liberalismo à direita rompe o tecido social. 

Sete, dê dinheiro para o povo em forma de vouchers. É a melhor e mais eficaz maneira de se comprar votos.

Oito, mantenha as forças armadas de boca fechadas, mantendo-os ocupados com seus brinquedos caros (aviões, armas, carros de combate, navios, submarinos) e deixando a sua integral aposentadoria intocada.

Nove, mantenha a imprensa com o bico calado. Não faça inimigos na imprensa. Dê entrevistas simples, que pouco falam à quem tem neurônios. Responda cordialmente a todos os repórteres mais imbecis e torpes. Gaste fortunas do dinheiro público com publicidade em emissoras de rádio, tv, jornais, revistas e internet. Também processe e esmague na justiça todo e qualquer dissidente da midia.

Dez, seja demagogo, seja populista. Fale com a língua suja do povo simples. Seja humilde e simples com os humildes. Seja simpático com a elite e tire dela os maiores recursos para o estado, colocando todo gerador de riquezas contra a parede, sempre sem perder o sorriso amarelo e hipócrita.

Onze, puxe o saco do nordeste. A população famélica vota com o estômago e com a imagem de um líder paternalista, na qual ela enxergue segurança. Também os mafiosos coroneis nordestinos (e nortistas) costumam controlar a política nacional no Congresso.

Doze, e por último, crie uma falsa oposição contra você mesmo e busque manter o poder político sempre em consórcio com esse grupo. Trabalhe incessantemente contra o surgimento de qualquer grupo opositor autêntico, na esquerda e na direita.

Essa é a receita para controlar o Brasil eternamente. Passa ano e sai ano, entre presidente e sai presidente a situação política é sempre a mesma. Para governar fora disso só com ditadura bruta, a céu aberto, coisa que nunca mais se verá no Brasil, pois as nossas elites querem mais é manter esses doze passos para sempre.

O paulistano eterno

 Me identifico com o paulistano que mora na casa que restou numa rua em dissolução. É como o velho morador de Pinheiros, que habitava uma ca...