Quando eu adentrei esse grande monstro chamado direita, identificar-se com esse campo político significava automaticamente ser nazista, ou integralista, votar no Paulo Maluf ou, in extremis, ser da UDR, se você fosse do campo. Me lembro quando no ensino médio, querendo entender o que era tudo aquilo e achando mesmo um tanto fascinante ser dissidente do que era o status do momento, ou seja, a esquerda. Minhas referências eram os livros didáticos e a imprensa (estava a sair do ensino médio). Nisso, Maluf e Plínio Salgado viraram Reagan e Milton Friedman para mim. Perguntei a um professor em 2006 quem ele via como sendo de direita no Brasil. A resposta foi Geraldo Alckmin. E redargui querendo saber quem estava na extrema direita e ele citou a União Democrática Ruralista. Quando passei a ter computador e internet em casa, pesquisar o que era a tão maligna UDR foi uma frustração pra mim. Por que fazendeiros que queriam manter aquilo que era seu contra invasores baderneiros poderiam ser tão malvados? As presentes gerações não terão esse tipo de sofrimento. Tudo pra eles em matéria de informação está disponível. O liberalismo político, Smith, Malthus, Bentham, Stuart-Mill, Spencer, o liberalismo econômico radical, como Mises, Hayek, Friedmann, toda a Escola Austríaca. O Conservadorismo em todas as suas vertentes europeias e americanas. A economia social de mercado. Muita coisa está aí. E o Brasil escolheu não ser absolutamente nada. É uma mistura de muitas coisas e acaba sendo só uma lastimável orgia das piores características de uma civilização decadente. Aliás, o próprio Claude Levi-Strauss disse que o Brasil caminhava da barbárie para a decadência sem ter passado pela civilização. Ele estava certo. Os dados estão aí. As informações estão aí. Vamos ficar pra sempre com essas monstruosidades morais, modelos políticos e econômicos híbridos e toscos (gambiarras mesmo) e com lideranças políticas igualmente escrotas? Vamos sim.
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terça-feira, 23 de março de 2021
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
homo hedonicus
A música de massa dos dias de hoje é ruim e fala basicamente de sexo e procura de parceiros amorosos, apenas por que boa parte do entendimento das pessoas a respeito do que é a existência se baseia na ideia do ato sexual e das paixões carnais. Não há mais transcendência.
Nesse sentido, dane-se a estética da melodia, da harmonia e do ritmo, elementos basilares da música. Nada mais vale. O ritmo virou a noção de "batida" e se a música manda "socar até o chão" as pessoas socarão, se a "batida" for boa e o ambiente envolto em carnalidades.
Não pensem que o que estou fazendo aqui, neste momento, é uma crítica de teor moral. Não. É apenas uma análise factual. O fato é que a sociedade sem os freios religiosos e morais faz com que os instintos animalescos do homem aflorem.
O darwinismo nos mostra que o instinto mais primário de toda espécie é a sua reprodução. Logo, o homem, como todos os animais é um ser sexual e voltado à busca dos prazeres. Sem a religião institucionalizada e a moralidade o coito e todo o tipo de prazer carnal se tornam o máximo
Não há nada além do gozar e viver a vida loucamente com todos os prazeres que ela pode fornecer. Sem moral o homem está entregue apenas à mais ordinária das trepadas. O céu do homem contemporâneo é aqui e é encontrado quando do zênite do intercurso genital.
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