Mostrando postagens com marcador liberalismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador liberalismo. Mostrar todas as postagens

sábado, 7 de março de 2020

Mussolini liberal

Penso ser difícil colocar um fim definitivo no serviço público, assim como preconizam os anarco capitalistas, que prefiguram uma sociedade onde toda a burocracia é ausente e mesmo o estado desparece totalmente de cena.

Enquanto a vida continuar avançando em direção inequívoca às cidades, a necessidade de uma burocracia que seja capaz de trabalhar unicamente com a regulação de processos será sempre necessária. Outras formas, como a terceirização dos serviços e a informatização podem continuar sendo implantados, sem, contudo, significarem um caminho sem volta para o fim do funcionalismo.

Além disso, em toda esse discussão, o contexto não pode jamais ser ignorado. Se um cidade pequena, de 600 habitantes, decidir não ter um serviço público de saúde ou de educação, um arranjo comunitário pode ser possível, com um plano de saúde privado se tornando o provedor de assistência médica, eliminando toda a burocracia que é inerente ao serviço público. Claro, quem financiaria tal convênio? Os próprios cidadãos. O SUS é também um convênio médico, mas, cujo serviço deixa a desejar e cujo o seu pagamento cidadão nenhum pode deixar de pagar, por meio de seus impostos. Ele é federal, e como tudo o que é federal, é ruim, ineficiente e por vezes injusto. 

Em São Paulo, uma megalópole tremenda, a presença e a atuação do estado se transformam é algo absolutamente indispensável. Trânsito, saúde pública, creches, saneamento básico, manutenção do viário e infraestrutura urbana, dificilmente tudo isso poderá ser colocado um dia totalmente sob o guarda chuva da livre iniciativa. Que se procurem arranjos híbridos é desejável, mas sistemas exclusivos, seja todo estatal, seja todo privado, será injusto e incapaz de manter a paz social. 

Falo sempre que no Brasil, Mussolini seria um liberal. Há muito a que se trabalhar pela livre iniciativa nesse país, para que o estado não se agigante e se torne um inimigo declarado da liberdade e da propriedade. Isso não significa que a extinção do estado e da burocracia pública seja uma meta desejável.

sábado, 13 de abril de 2013

Pontos a se discordar dos Libertários

Alguns pontos em que discordo dos libertários

- Via O Porco Capitalista
http://www.porcocapitalista.com.br/2012/10/alguns-pontos-em-que-discordo-dos.html

"É preciso ter uma noção maior da realidade e não só da teoria para conseguir medir, avaliar e julgar determinadas políticas, sob pena de adotar posições fanáticas como a de chamar Ronald Reagan de estatista apenas porque este aumentou gastos militares durante seu governo."

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ideologia Nacional


"A unificação política e administrativa do mundo não beneficiará o liberalismo, mas o extinguirá para sempre, instituindo a "Terceira Via". Que é a Terceira Via? É aquela síntese de capitalismo e socialismo que, resguardando a liberdade de movimento para as grandes empresas que apoiam o governo, planeja, controla e determina tudo o mais. Essa síntese não é nova. Surgiu na década de 20 e se chama fascismo. Naquela época o fascismo era coisa de escala nacional. Hoje querem fazer um fascismo mundial e, para disfarçar, fazem campanhas alarmistas contra os remanescentes do fascismo old style, como Le Pen e o Dr. Enéias, os mais autênticos bois-de-piranha da boiada universal. Para enfrentar o governo mundial é preciso criar um novo nacionalismo, liberal, democrático, inteligente, capaz de tomar parte no jogo da globalização sem deixar que transformem nosso país numa província ou numa colônia de férias para turistas sexuais. E para isso é preciso resistir ao maquiavélico jogo duplo que, de um lado, exaltando falsamente o liberalismo, tudo submete a um planejamento global e, de outro, incentivando maliciosamente reivindicações socialistas malucas e toda sorte de ressentimentos doentios, divide o povo, desorienta os intelectuais, debilita o Estado brasileiro e nos deixa, a todos, à mercê do poder multinacional. "

Olavo de Carvalho

O paulistano eterno

 Me identifico com o paulistano que mora na casa que restou numa rua em dissolução. É como o velho morador de Pinheiros, que habitava uma ca...