Mostrando postagens com marcador educação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador educação. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Correta restrição ao EAD

 O buraco da educação no Brasil não é mais embaixo. Ele já está no pré sal.

O MEC ano passado restringiu parte da liberdade universitária com os cursos à distância. Medida correta, assim vejo.

Poder-se-ia obstar, dizendo que o há cursos em ead de excelência. Mas, em contraponto, há outros tantos, às centenas, que não valem um caracol sequer. 

Facilmente pode-se licenciar em história, via ead, sem saber absolutamente nada do passado. As perguntas você pesquisa no Google. Se houver algum texto a postar num fórum, basta recorrer ao chat gpt. O estágio obrigatório? Na internet, pagando módica quantia, também se arranja com facilidade. No fim de 3 ou 4 anos basta sair por aí com seu diploma e se alistar na colégio estadual mais próximo para se tornar um ilustre mestre escola. É um sistema inaceitável.

Acertou o governo em restringir o ead. Acertará mais ainda se proibir definitivamente todas as graduações e especializações em ead, que não exijam provas físicas em papel, pesquisa de campo, seminários de corpo presente, submissão de artigo em banca, etc, como o nosso vetusto sistema universitário sempre fez. 

Em um país onde a burrice é campeã nacional, restringir o ensino superior é um dever. 

Que arrotem superioridade sem diploma.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Bilionários e educação

 Desditoso foi o dia em que inventaram de repetir o mantra: "A solução está na educação". Essa ladainha entrou na mente das classes falantes de nossa sociedade. Os bilionários não querem fazer caridade, por meio de suas fundações, aos pobres de verdade, aos carentes, aos que tem fome, aos que não tem casa, pessoas com parco acesso à justiça ou outros tantos problemas. Os bilionários insistem em investir em educação. A educação não precisa de toneladas de dinheiro. Precisa de professores que dominem plenamente a sua área de formação, que conheçam de forma exímia o conteúdo de sua disciplina, que tenham boa oratória e boa didática e que a escola mantenha disciplina para esse professor trabalhar os conteúdos com os alunos. Todo o resto além disso é invencionice. 

Mas, os barões da economia querem moldar o cérebro das pessoas, para que sejam consumidores melhores, uniformizados, passivos. Devíamos chutar o traseiro dos bilionários supostamente caridosos. Que deem casas aos pobres, que deem comida, que criem hospitais de caridade. Escolas já temos o suficiente.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Contra a obrigatoriedade da escolarização!

A escola hoje é ainda um local para o ensino. Para o ensino daquilo que de pior existe na sociedade: a burla, a desordem, o jeitinho. 

A decisão do Supremo Tribunal Federal em proibir o ensino doméstico (homeschooling) foi o maior pecado que essa corte já cometeu em sua história. Se alegam que pais não tem condições de ensinar devidamente seus filhos longe das salas de aulas e alegam também que as crianças e jovens devem estar matriculados para poderem socializar, bom, então está claríssimo que nossos digníssimos magistrados e também os não menos respeitáveis pedagogos que foram citados nas decisões do Supremo simplesmente não tem a mais mínima ideia do que seja a realidade de uma sala de aula de nossos dias.

Estar na escola é ser submetido ao aprendizado da imoralidade, da delinquência, da devassidão, da desordem, do desrespeito, do ódio total pelo saber e pelo conhecimento. A escola é a maior fraude do Brasil contemporâneo. A crença na ideia de que só a educação pode tirar esse país do atraso e do lodaçal de ignomínia é o maior falso deus que por aqui já existiu.

Querem o começo de uma melhora? Acabem já com a obrigatoriedade do ensino, ou melhor dizendo, da escolarização!

sábado, 23 de setembro de 2017

Memórias docentes

Certa vez, dava eu aula em uma determinada escola estadual. Esse colégio desfrutava de uma considerável fama positiva na região, como sendo uma escola muito rígida, onde imperavam certos padrões que hoje caíram em desuso na maior parte da rede estadual de ensino, como o uso de uniforme, fazer fila na hora da entrada, cantar o hino nacional ou rezar a oração do Pai Nosso. Centros de educação pública onde isso ainda ocorre não são a regra, mas completa exceção.
Dar aula em escola onde, pretensamente, impera um certo modelo tradicional, amarrado aos moldes da educação do passado, as vezes é bem mais difícil do que lecionar em colégios mais flexíveis, onde a direção da escola costuma fazer vistas grossas para todas essas tradições e dar mais liberdade para que o professor, dentro das quatro paredes que fazem uma sala de aula, tenha mais liberdade para dar da maneira que lhe aprouver. 
Tive essa experiência. Escolas públicas onde o tipo de aluno médio presente é o pobre com ares de classe média são as do pior tipo. Plínio Salgado disse uma vez que a burguesia, antes de constituir-se como classe social é um estado de espírito. Nada mais correto. O estado de espírito do jovem pobre (não miserável) ou de classe média baixa é o mais burguês possível. Hedonista, individualista, sem capacidade de olhar a sociedade e buscar compreende-la. Este jovem não liga para a politica, mas tem todos os velhos ranços burgueses, conseguindo ser, ao mesmo tempo, reacionário no que toca a sua vida privada mas progressista quando externa sua opinião e participa como eleitor numa eleição.
Numa determinada turma, desta determinada escola que dei aula e que não citarei o nome, eu tinha diante de mim uma classe que parecia ter saída direto do estúdio do PROJAC, da Rede Globo no Rio de Janeiro. Eu chamava naquela época, ao comentar com alguns outros colegas professores (aqueles professores pelo menos que não padeciam das mesmas moléstias de espírito dos alunos) que aquela sala é a "Classe Malhação", em alusão direta à novela juvenil da Vênus Platinada.
Eram alunos de uma capacidade intelectual pouco desenvolvida. Não conseguiam desenvolver em um patamar satisfatório as habilidades e competências que se pode esperar de um jovem de 14 anos. Grandes dificuldades para ler e compreender textos simples dos livros didáticos, tampouco produziam algo escrito que pudesse ter algum valor. Enfim, boçais.
Estes boçais, contudo, tinham pais e estes progenitores possuíam os mesmos defeitos de sua prole: a arrogância, a soberba, o egoísmo, o vazio cultural e espiritual. Uma pura nata pequeno burguesa, que ao mesmo tempo em que se sente superior aos demais por andar em um carro do ano, modelo 1.0 financiado em 72 vezes também se delicia vendo o programa do Luciano Huck, quando não tem por programa vadiar em shoppings centers.
Uma sala que nada produzia, mas por seu perfil, atraia especial atenção da direção da escola, que sabia que aquela turma, considerada letra "A" teria que ser a elite do colégio e responsável por alavancar os índices nas provas e avaliações que o governo faz (o saresp), que é aquela prova que faz com que os professores possam a vir ganhar um bônus em seus salários no ano seguinte. Um conjunto de crianças sobre a qual se depositava tamanha expectativa não poderia ter tantos defeitos como os que eu aqui relato. Isso era o que a diretora e sua vice pensavam. Nesses casos, a corda sempre acaba arrebentando para o lado mais fraco, o professor novato.
A conversa vai ser sempre a mesma: "o professor não consegue dominar a classe"! Quando não o diretor é mesmo capaz de falar que tem aluno que sabe mais do que o professor (há, mas é raríssimo, não por mérito dos pouco qualificados docentes, mas por deficiências ainda maiores dos alunos).
Foi um ano, com salas que me davam desespero. Não há outro sentimento a descrever senão o desespero diante de uma indagação, do que fazer com alunos tão ruins, imaturos e soberbos. A saída, por divina providência, foi não mais dar aula para estes indivíduos. Não guardo praticamente nenhuma memória positiva dos alunos que tive no ano de 2013, nem da escola onde trabalhei naquele ano. 

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Esoterismo e pensamento moderno

Estudando sobre o movimento da Escola Nova, muito famoso no Brasil por meio de Anisio Teixeira, responsável por uma série de reformas educacionais nas primeiras décadas do século passado, chego a Adolphe Ferriere. Este pedagogo suíço é considerado o principal pensador dessa corrente da educação no período e até hoje é uma referência nos cursos de formação de professores. Para minha surpresa, Ferriere foi amigo próximo de Karl Ernst Krafft, matemático e astrólogo também suíço. Kraft, por sua vez, ficou famoso por ser o "astrólogo de Hitler". 

É curiosa a aproximação que existe de vários campos do pensamento moderno e contemporâneo, com os diversos ramos e escolas do esoterismo. Muito mais eu poderia escrever aqui sobre isso, mas deixo esse apontamento como registro.

http://astrologianapratica.com.br/blog/krafft-o-astrologo-de-hitler/
https://fr.wikipedia.org/wiki/Adolphe_Ferri%C3%A8re

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Intestinos por cérebros



Estou iniciando minha segunda graduação, agora em Direito, e uma coisa já pude perceber: o nível de empulhação e masturbação ideológica pode superabundar em professores dos cursos que justamente não são aqueles mais estigmatizados como os pregadores abertos do esquerdismo em geral, e digamos, teologicamente, do marxismo cultural, como História, Sociologia, Geografia, Filosofia etc, mas justamente no Direito, no Jornalismo, no Serviço Social e outras graduações.

Em um curso de História, a discussão gira sempre em torno de um ambiente completamente infecto pela doença vermelha. Em cursos que em tese seriam menos "ideologizados", fica muito mais evidente que o trabalho pedagógico, travestido de compreensão da realidade social, do mundo ou do capitalismo, nada mais é do que tática sorrateira e calhorda para implantar nas mentes dos alunos a visão doutrinária anti capitalista e anti cristã.

Alunos são presas mais fáceis do que cordeiros amarrados juntos a uma alcateia de lobos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

As Cruzadas, a Jihad e certos professores

Ótimo texto.


Percival Puggina
No email que me endereçou, a jovem estudante mostrava-se indignada com a Igreja por causa das Cruzadas. Fiquei pensando se respondia ou não. Afinal, de que adianta gastar meu latim com esse tipo de bobagem? Que poder teriam algumas palavras minhas contra a ação de um professor mal intencionado, o ano inteiro, dentro da sala de aulaDecidi por uma estratégia mais longa e retornei uma pergunta curta: "Teu professor, ao falar sobre as Cruzadas, mencionou alguma vez a palavra Jihad ou o expansionismo islâmico?" Ela me respondeu que nunca ouvira falar disso e se mostrou surpresa por eu saber que ela fora introduzida  tema das Cruzadas por um professor. A menina deve ter me considerado um gênio...
Tem-se aí excelente exemplo de algo que já foi objeto de outros textos meus: a malícia de tantos professores que se valem da cadeira de História para seus fins ideológicos, usando o ataque insidioso à religião como meio para agir. Afastam os jovens da Igreja e da palavra de Deus e os introduzem, com gravíssimo prejuízo, nos ritos e devoções do materialismo, do marxismo e do relativismo. Daí para o hedonismo é um passo de dedo. Desmancham com os pés da mentira e da mistificação o que os pais tenham ensinado em casa. Espinafram a Igreja por causa das Cruzadas do século 12, mas jamais mencionam os cem milhões de mortos pelo comunismo no século passado. Decorrerão algumas décadas até que esses jovens, já maduros, percebam, na experiência da vida, o engodo a que foram conduzidos pelos falsos mestres. Quem não tem relatos semelhantes?

A primeira Cruzada iniciou no ano de 1096 e a nona terminou em 1272. A palavra refere, portanto, uma série de episódios que se encerraram há 738 anos, envolvendo a retomada de Jerusalém. Veja agora, leitor, se é possível falar honestamente sobre as Cruzadas sem mencionar a Jihad. Jerusalém, no início do século 7, integrava o Império Romano do Oriente, sob o domínio de Bizâncio. Era uma cidade cristã, portanto, até ser conquistada pelos sassânidas (persas) e, em seguida, pelos seguidores de Maomé. Este personagem surgira na cena histórica alguns anos antes, havia estabelecido as bases religiosas do Islã e dera início à Jihad e à Guerra Santa. Em apenas oito anos, formara um Estado árabe sob seu comando. Em 622, conquistara Iatrib (Medina), passando na espada os judeus da cidade. Em 630 retomara Meca, de onde fora expulso por suas ideias monoteístas. E morrera em 632. Seis anos mais tarde, seu sucessor Omar entrava em Jerusalém. Um século mais tarde, o Islã já estendia seus domínios sobre a Pérsia, a Palestina, boa parte do Império Bizantino, o norte da África, a Península Ibérica e atacava a Europa por vários flancos. É possível mencionar as Cruzadas, com seus episódios grotescos, e nada contar sobre isso?

Mas as coisas não pararam aí. Quando o Papa Urbano II, no concílio de Clermont-Ferrand (1095) convocou a Primeira Cruzada, Jerusalém havia sido tomada pelos otomanos, que instalaram um regime de intolerância à presença dos cristãos, até então respeitada nos termos ajustados com Bizâncio durante a conquista da cidade em 636. Clermont-Ferrand fica próxima ao centro geográfico da França. Pois enquanto ali se realizava o concílio, ainda fumegavam, no centro da atual Espanha, os destroços deixados pela guerra que retomara a região de Toledo para os cristãos e para o reino de Castela. Os muçulmanos estavam ali havia três séculos e levariam outros 400 anos para abandonar toda a península. Mas disso, nas aulas de história, fala-se pouco, muito pouco, quase nada. E quando se menciona a Tomada de Constantinopla, em 1453, o assunto é tratado como fato isolado, perfeitamente normal, e não como um ato de suprema violência e ganância imperial, geradora de um massacre que durou três dias e três noites, que coroou investidas iniciadas 800 anos antes e que encerrou mil anos de esplendor cristão naquela que foi a mais impressionante cidade de seu tempo! E nada, absolutamente nada se diz sobre o fato de que esse expansionismo, ainda insatisfeito, prosseguiu na direção oeste, sob o mesmo impulso, até a derrota final dos otomanos, diante dos muros de Viena, na batalha de 1683. Mas insistentes, violentas, conquistadoras e descabidas foram as Cruzadas...

Agora me responda o leitor: a derrota do grão-vizir Kara Mustafa Pasha em Viena decretou o fim das guerras santas? Encerravam-se, ali, as campanhas militares empreendidas pelos muitos impérios, dinastias, governos e províncias muçulmanas, ao longo desses mil anos iniciados com a Hégira e a tomada de Iatrib? Não, claro que não! O que são Al Qaeda, Hamas, Hizbolah, Fraternidade Islâmica e o amigo de Lula, Ahmadinejad, se não jihadistas que afirmam seguir as determinações de sua fé? Não eram jihadistas os tresloucados que se arremessaram contra as Torres Gêmeas? E se alguém, leitor, lhe opuser que Jihad, no sentido religioso, é coisa diversa, que designa uma conquista pessoal interior, de natureza espiritual, saiba que isso é sublime e verdadeiro. Como também é verdadeiro, sem ser sublime, que Maomé II estava tão a serviço de sua Jihad em versão violenta quanto quem, hoje, veste um colete de bombas ou faz explodir uma estação de metrô em Londres. A imensa maioria dos muçulmanos são amantes da paz e vivem sua religiosidade de um modo sereno e harmonioso com as demais crenças e religiões em seu entorno. No entanto, é a pequena minoria violenta que mais uma vez, neste momento, se expressa de modo assustador nas páginas da história.

Escrevo todas estas linhas, bem além do habitual nestes textos semanais, para destapar a imensa fraude praticada por tantos professores de história. Para desmerecer o Cristianismo e a Igreja, eles se fixam nos episódios das Cruzadas, como algo sem causa e com as terríveis consequências que apontam. Algumas aulas mais tarde, porém, tratam da Tomada de Constantinopla como fato isolado, sem origem que mereça menção e tendo como consequência as Grandes Navegações. Convenhamos!
Nota do autor: esta é a mensagem que estou enviando à jovem estudante mencionada nas primeiras linhas deste texto.
 Mídia a mais

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sempre avante

Relendo breves e não tão breves textos escritos por mim no ano de 2008 em blogs que já não mais estão disponíveis ao público(porque eu os fechei) deu para notar como minha escrita e minha linha de raciocínio permanecem de certo modo bastante inalterados. Me refiro aqui ao modo de escrever e não sobre os assuntos ou como abordá-los.

Certamente, se trata de uma característica cuja natureza não sei neste momento precisar, mas fico feliz em ver que mantenho-me fiel a mim, sem fazer uso de nenhuma revolução, apenas pequenas e pontuais reformas.

Ok, que uma vez bronco sempre bronco, pero sempre avante no desenvolvimento, pelo menos no espírito dessa palavra, porque senão seu sentido pouco valeria, e o que iria restar nada além seria de conformação e consumação do tempo.

O paulistano eterno

 Me identifico com o paulistano que mora na casa que restou numa rua em dissolução. É como o velho morador de Pinheiros, que habitava uma ca...