segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Ano de eleição

É ano de eleição. E ainda me recordo daquela última que se passou em 2018. Pra quem viu a nova direita ser parida em comunidades do Orkut, Wunderblogs e um podcast simples, pensar que dez anos depois um presidente seria eleito "indiretamente" por essa turma é uma coisa ainda difícil de acreditar. Não fosse a realidade eu não acreditaria. Parece peça de ficção.

As eleições vão e vem e algumas coisas permanecem. São Paulo, por exemplo, continua sendo palco prioritário para aventureiros políticos. Vide o que foi João Dória Júnior, em 2016 e 2018. Vide Joice Hasselmann, Alexandre Frota, Tiririca (esse já veterano).

São Paulo continua sendo uma pátria roubada. A pátria lesada, por excelência. E os emboabas que aqui vivem e os paulistas, que deveriam ser mais cônscios de sua história e de sua honra, poderiam dar um basta nisso. Poderiam colocar o tema da revisão do papel de São Paulo na federação brasileira em discussão. Federação, confederação, federalismo fiscal, federalismo hegemônico, códigos penais estaduais, secessão, mas nada do que importa é debatido. 

As eleições vem aí e as conversas moles se reproduzem. Mais saúde, educação, transporte, saneamento básico, etc. Em resumo, mais gastos. É um saco sem fundo. Quanto mais se gasta, mais dinheiro é preciso.

Novos estados na Federação Brasileira: alguns são necessários outros gerarão perigosos reflexos.

“A dimensão dramática da diferença é demonstrada no fato de que no início do século XIX a colônia espanhola dividia-se administrativamente e...