Mostrando postagens com marcador faculdade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador faculdade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Faculdade pra que?

Me parece urgente repensar como um todo o ensino superior brasileiro e toda a prática docente, metodológica, avaliativa e de ingresso da nossa dita academia. O atual governo, movido sabe Deus por quais forças e interesses, parece ter tomado uma medida correta reduzindo um pouquinho as mamatas e descasos que havia com a verdadeira venda de diplomas, por meio dos cursos de graduação e especializações por via ead. O ead é uma farsa. É um sistema que pode atender a muitos, mas quase sempre atenderá da forma mais precária e desonesta possível. 

Com o crescimento e avanço dos aplicativos e sites de inteligência artificial, que podem fornecer respostas padrão para todo o tipo de perguntas de múltipla escolha ou ainda gerar parágrafos e mais parágrafos sobre qualquer assunto técnico que você pensar, basta que você aplique o prompt correto -- ou seja, saiba fazer as perguntas corretas para a inteligência artificial e direcioná-la, não há mais modelo de ensino à distância que faça o menor sentido, se ele não for baseado, na melhor das hipóteses, em aulas síncronas, com o professor ao vivo do outro lado da tela, forçando interação e discussão, como em uma sala de aula normal e, como instrumento avaliativo, não é possível no sistema ead fugir de seminários, apresentações e produções de texto. A aplicação de testes de múltipla escolha não cumpre sua função num sistema como esse. O chat GPT ou o Gemini estarão sempre ao alcance das mãos do aluno e com isso toda a lógica do aprendizado cai por terra. 

A ideia de que no ead o aluno seja obrigado a fazer as avaliações de maneira presencial em um polo, debaixo de alguma fiscalização (que deveria ser rigorosa, com fiscais e filmagens, destaco) já é um ganho substancial. Em 2014 fiz uma especialização em História Militar, que, por completa burrice minha, a abandonei, e essa pós tinha todas as suas avaliações presenciais, ainda que com possibilidade de consulta ao material impresso fornecido pela instituição de ensino superior. Era um tempo em que o ead ainda não estava tão safado, embora fosse já possível colar e fazer mutretas naquela época (sempre foi possível encomendar um tcc ou artigo acadêmico pronto por aí).

Ainda assim, não só o ead merece críticas. As graduações presenciais também. 

A metodologia de ingresso deveria ser totalmente revista.

Mais uma vez caberia dar um passo atrás e olhar para o passado. Voltar a ter o ingresso no ensino superior apenas por vestibulares presenciais com nota de corte mínima, a despeito das vagas existentes e também ser avaliado por redação. Talvez combinar isso com um rendimento mínimo das notas obtidas no ensino médio. É uma maneira de re-valorizar também o ensino médio, coisa muitíssimo necessária. 

Agora, outro exemplo objetivo. Com esse ingresso de pessoas despreparadas para o ensino superior a coisa já avançou para o caso de termos também professores muito despreparados para o ensino. Some-se a isso o grassante analfabetismo funcional. Um curso de direito, por exemplo, usa linguajar técnico que até muitos juristas precisam consultar dicionários específicos para entender. Há docentes que esperam que uma pessoa recém ingressa nas letras jurídicas vá compreender a maioria dos termos da área do direito. É uma ilusão. Repensar a metodologia e a didática dos cursos acadêmicos de direito é preciso. É necessário ter uma formação propedêutica muito segura nos dois primeiros semestres, ao menos. Ai podemos ir para o direito material e processual. Mas, o apressamento faz com que queiram que o aluno já tenha direito processual num primeiro semestre. Uma faculdade aqui da capital nem mais tem a disciplina da IED (Introdução ao Estudo do Direito) que é uma matéria elementar e fundamental.

Muitos dizem que a universidade para todos é um equívoco. Eu penso isso. É preciso mais critério em todo o processo, até para valorizar mais o ensino técnico profissionalizante e o ensino médio.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vistam-se

Você tem por volta de vinte anos e durante toda a sua vida, em linhas gerais, passou ouvindo ideias e tendo muitas delas como coerentes e aplicáveis em maior ou menor modo em sua vida, entretanto devido a múltiplas condições você não conseguiu alcançar um estágio de percepção da realidade além do imaginário e deturpado pelos seus interesses momentâneos e analíticos do visível, sua percepção transcendental é medíocre, ou até mesmo não. Em alguns casos o sujeito pode ter até alguma experiência, mas por alguns momentos e daí por diante não mais dela lembrar ou fazer o uso correto.

Durante sua vida sempre a religião esteve presente, independente de qual seja, e não aqui me refiro às contribuições inumeráveis que ela dá a organização da vida em comunidade, falo especificamente de ir ao templo, assistir um culto ou missa, sentir algo diferente em relação àquele ambiente e o que ele transmite espiritualmente ao indivíduo. Isso lhe foi agradável e fez você jubilar em diversos momentos. Você gosta da religião e da espiritualidade e de tudo o que ela lhe proporciona.

Chegando a faculdade, toda a atmosfera de alguns mais experimentados e conscientes, plenos materialistas falam, falam, balbuciam louvando a ação humana e o que por ela é produzida, o dinheiro, a boa vida que não se conseguiu e pensa que seguindo estas teorias conseguirá. Tudo isso é jogado em cima das pessoas.

Esse tipo de conversa é jogada e com ela o mais incauto vai assimilando, concordando e defendendo- a. Uma nova consciência toma o lugar daquela antiga e primitiva religiosidade intocada ou como disse, tocada talvez em algum momento.

Será que tudo aquilo que foi vivido não teve valor ? Não merece ser aproveitado e usado ? Mas como negar a reliogiosidade se ela foi quem te pariu ? Fez com que chegasse a faculdade, fez com que a humanidade se civilizasse, não vivesse caçando gatos para o sustento. Será que não perecebem para onde estão indo ?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Desabante

Já em umas duas vezes eu vi uma coisa que me deixa meio bobo, embora também não me comova na medida que eu gostaria que comovesse. Chego em casa da faculdade por volta da 0h30 e nas imediações de Santo Amaro já duas vezes vi meninos de sete ou oito anos neste horário vendendo doces ou mendigando.

É uma coisa com a qual todos nós deveríamos ficar pasmados, mas isso não ocorre nesta proporção.

Deus sabe de todas as coisas, inclusive desses pobres meninos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Andar a noite em São Paulo é um teste

Quando eu saio da faculdade por volta das 23h00 eu passo por uma série de lugares repletos de pessoas de feições no mínimo inconfiáveis. Mendigos, prostitutas, homossexuais, drogados, bêbados e outros tantos dessa mesma espécie.
Não é a coisa mais bela de se observar. Definitivamente.

Não fui acostumado até hoje e presenciar tão atemorizantes situações. Penso eu que elas servem como exemplo para que nos apeguemos e tenhamos mais temor a Deus.

Andar a noite pelos "centros" de São Paulo é sem nenhuma dúvida um teste.

O paulistano eterno

 Me identifico com o paulistano que mora na casa que restou numa rua em dissolução. É como o velho morador de Pinheiros, que habitava uma ca...