É ano de eleição. E ainda me recordo daquela última que se passou em 2018. Pra quem viu a nova direita ser parida em comunidades do Orkut, Wunderblogs e um podcast simples, pensar que dez anos depois um presidente seria eleito "indiretamente" por essa turma é uma coisa ainda difícil de acreditar. Não fosse a realidade eu não acreditaria. Parece peça de ficção.
As eleições vão e vem e algumas coisas permanecem. São Paulo, por exemplo, continua sendo palco prioritário para aventureiros políticos. Vide o que foi João Dória Júnior, em 2016 e 2018. Vide Joice Hasselmann, Alexandre Frota, Tiririca (esse já veterano).
São Paulo continua sendo uma pátria roubada. A pátria lesada, por excelência. E os emboabas que aqui vivem e os paulistas, que deveriam ser mais cônscios de sua história e de sua honra, poderiam dar um basta nisso. Poderiam colocar o tema da revisão do papel de São Paulo na federação brasileira em discussão. Federação, confederação, federalismo fiscal, federalismo hegemônico, códigos penais estaduais, secessão, mas nada do que importa é debatido.
As eleições vem aí e as conversas moles se reproduzem. Mais saúde, educação, transporte, saneamento básico, etc. Em resumo, mais gastos. É um saco sem fundo. Quanto mais se gasta, mais dinheiro é preciso.
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