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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Curtas

A política externa do Governo Lula III é inexistente. Não demonstra ser o reflexo de nada além de mero pragmatismo barbante, ou melhor traduzido seria: empurrar com a barriga o país mais ainda ao anti americanismo. O Brasil está fadado a permanecer como colônia de exploração, agora chinesa. A direita bolsonarista representa a reação: quer que o país permaneça como colônia americana. Eu, como sou arquitradicionalista quero retornar ao colonialismo europeu. 

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O BRICS nada mais é do que a continuação dos chamados "Países não alinhados". Nada de novo debaixo do sol.

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A máquina de propaganda do Kremlin continua trabalhando mundo a fora a todo o vapor, igual aos anos 1960. Se o comunismo morreu, a Rússia e o Comintern continuam agindo. O Imperialismo Russo é chaga que já tem alguns séculos, precede a URSS e a transcende. O seu fim só Deus sabe.

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Lyndon LaRouche e Norberto Keppe entram em um bar...

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E por falar no LaRouche, ele falava em uma conspiração entre Platão e Aristóteles, assumindo o lado do primeiro. Pergunto, quem manipulava a conspiração existencial antes dos dois filósofos gregos?



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Desde que a Marina morreu eu fico extremamente comovido com a notícia ou a ideia do falecimento de qualquer animalzinho de estimação. O pensar na morte que acontecerá de qualquer um dos meus gatos já me arranca lágrimas. 

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domingo, 26 de agosto de 2018

Divagações sobre o passado recente do Oriente Médio

Como praticamente ninguém lê este blogue me permito aqui publicar algum pensamento que não resultará em ações práticas jamais.

Me veio a cabeça: após a segunda guerra mundial, por que não se conseguiu chegar a uma pacificação do mundo, muito em especial da região do Oriente Médio? Minhas convicções apontam para o papel negativo que o Estado de Israel desempenhou nisso. 

Primeiramente, desempenhou por meio do lobby e do controle que suas elites tinham sobre as elites políticas e econômicas dos países do Ocidente e também da URSS, que fez com que essa ideia tosca do sionismo político fosse plenamente executada como foi, com a ocupação da Palestina pelos judeus.

Segundo, essa mesma elite judaica trabalha contra o avanço do cristianismo pelo mundo, inclusive nos dias de hoje, dentro de Israel. Há mais liberdade para os cristãos no Egito ou até mesmo na Síria do que Israel. Em matéria de hostilidade ao cristianismo, o Estado de Israel é praticamente tão hostil quanto o Irã (que só reconhece os cristãos históricos de seu país e não missões evangelizadoras protestantes) e, sem dúvida, a Arábia Saudita, país wahhabita que é, curiosamente, o principal aliado israelense naquela região.

Pensem, o que teria sido da Líbia, ou do Iraque, se as lideranças que saíram para o domínio desses países, após a II Guerra tivessem sido convertidas ao cristianismo? Pensem no processo maciço de abertura desses países para que a liberdade e a tolerância religiosa total ali fosse implantada! O exemplo da Turquia aqui nos cabe: foi preciso um líder forte ocidentalizado, Atatürk, para que a Turquia saísse do decadente período Otomano e virasse um país mais livre e secular. Atatürk, contudo, fez esse processo não sob a influência do cristianismo, mas da maçonaria, da qual era um membro iniciado.

Pensem que o coronel Gaddafi e Saddam Hussein poderiam ter sido evitados, se as monarquias tradicionais ali estabelecidas após a II Guerra tivessem permanecido no poder com o apoio de uma crescente população cristã (no caso iraquiano isso seria ainda mais fácil, dada a grande presença de cristãos caldeus e assírios que ali até hoje existem).

A pacificação total não seria, algo certamente, alcançada , diante de um cenário como esse, até por que alguma hostilidade partindo de certas autoridades islâmicas, provavelmente, se levantariam contra a desislamização daquela região, mas, mesmo assim, teríamos um ambiente muito menos hostil, ainda mais se pensarmos na inexistência de um estado confessional e etnicamente uno como é o Estado de Israel.

Precisamos, enquanto cristãos, entender o que é Israel na prática, para além de visões teológicas que são amplamente discutíveis. Entender que o judaísmo não é aliado do cristianismo, por que a fé cristã, EM TUDO SUPERA AO JUDAÍSMO, por que o próprio Deus se fez carne e habitou entre nós para a salvação de todo aquele que Nele cresse, fosse judeu ou gentio. Ai foi abolida toda a distinção e todo o privilégio que os hebreus tiveram enquanto etnia desde Abraão. A Igreja (o corpo invisível de todos os eleitos) é o novo Israel! O martírio e o triunfo de Cristo nos fez todos iguais perante Deus.

Um judeu ortodoxo e um muçulmano fundamentalista podem chegar mais facilmente a um acordo teológico do que com um cristão, por que a nossa crença e fé se fundamenta na superação do judaísmo (e o Islã nada mais é do que uma perversão da fé judaica, associada com elementos marginais do cristianismo oriental e de fés pagãs de povos do deserto) e também do maometanismo. Se nós, cristãos, há 2000 anos já superamos o judaísmo EM TODOS OS ASPECTOS, por que achar que aqueles que se julgam descendentes de Abraão nos serão amigos e co-promotores de nossa fé? O judeu, enquanto fiel religioso da lei mosaica, dos profetas e sobretudo do perverso Talmude, jamais poderá ser, verdadeiramente, amigo do cristianismo. A barafunda que é o Médio Oriente tem por base esses problemas que aqui explicitei.

Precisamos fazer a lição de casa e reconverter primeiro as nossas próprias nações, entregues ao ateísmo e, na sequência, avançar para a expansão da fé cristã por meio de novas cruzadas evangelísticas.

Sugiro que assistam o documentário Marcha para Sião, que esclarece mais o porque o Estado de Israel é nocivo e por que o Talmud é a total perversão de uma religião superada.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A Conspiração Aberta, H G Wells

Tempos atrás eu li "A Máquina do Tempo". Achei uma obra fundamental para entender o tipo de patologia social que os maníacos por poder tem (H G Wells é profeta desse movimento de dominação mundial e governo global).

A obra dele, de ficção, é bem escrita e bem traduzida.

Estou lendo, com muito custo, "A Conspiração Aberta", traduzido pelo Flávio Quintela, da Vide Editorial. Não pesquisei, mas a leitura é horrível. Impossível desenvolver fluidez aqui.

A obra realmente traz diagramas de uma nova ordem mundial que ele relatou, como um panfleto da Sociedade Fabiana, da qual era membro.


domingo, 18 de junho de 2017

Uma telurocracia sul americana

A telurocracia é o poder geopolítico da terra, em predominância sobre o mar. É a força da autossuficiência sobre o comercialismo. Em termos mais modernos, são os países autárquicos (que buscam produzir a maior parte daquilo que consomem) contra a divisão internacional do trabalho (onde cada país produz basicamente aquilo que ele tem como sua especialidade).

A América do Sul possui o Mercosul (Mercado Comum do Sul) como principal espaço geopolítico do sub continente. Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela fazem parte dele. O Paraguai foi suspenso, anos atrás, por ação dos demais países na época participantes, alegando a rutura da institucionalidade paraguaia, embora se saiba que isto é totalmente infundado e só serviu como meio para que a Venezuela fosse inserida no bloco. Hoje o Paraguai já retornou ao Mercosul e a Venezuela em total convulsão social, nas mãos de Nicholas Maduro e Diosdado Cabello não foi suspensa.

Independente de qualquer disputa superficial entre esquerda e direita, a América do Sul deveria buscar fortalecer esse importante bloco comercial, que é o Mercosul, sem, contudo, deixar de reformá-lo, dinamizando-o, tornando-o mais ágil para dar as respostas necessárias no campo político e econômico. Nosso sub continente forma um todo geográfico, uma hinterland poderosa, que pode trazer muitos ganhos para o desenvolvimento de nossos países. Infelizmente tanto a esquerda quanto a direita dos países sul americanos não conseguem enxergar isso na sua devida dimensão, ficando amarrados em discussões verbais de baixo conteúdo substancial.

Uma integração geográfica foi o que os nossos países fizeram durante os anos 1960 e 1980, quando foram governados por regimes militares, mais cientes da necessidade de um real integração espacial da América do Sul. Não, isto não é um plano comunista nem uma ação neoliberal! A integração em um bloco comercial forte, que busque, prioritariamente, dentro de uma perspectiva de especialização e divisão do trabalho restrita ao espaço sul americano, fortalecer nossas economias, eliminando entraves e utilizando um mercado consumidor de mais de 400 milhões de pessoas para poder dinamizar nossas economias, reduzindo a dependência de grandes potências, como Estados Unidos, União Europeia e Rússia.

No Brasil sempre se refere a uma "síndrome de cachorro vira-lata". Penso que seria mais adequado expandir essa síndrome para praticamente toda a América Latina, que não consegue reunir forças sociais e políticas para poder criar uma civilização nova, embora tenha um enorme potencial para isso, tanto físico quanto humano. Poderíamos ser uma potência econômica e militar, autônoma dos problemas que tanto envolvem hoje o mundo e as grandes forças geopolíticas, com um poder telúrico, voltado para o comércio no mercado interno da América do Sul, mas nossas elites locais estão muito confortáveis com a subordinação e a venda de comodities de baixo valor agregado para os países industrializados. Como dizem os argentinos: cabeça de rato a cauda de leão. Poderiam ser tigres, mas serão sempre ratos.

domingo, 16 de abril de 2017

Mais um passo para o fim do mundo: o retorno do Império Turco Otomano

No último texto que apresentei neste blog falei a respeito da Guerra da Síria e de quem são os interessados reais em ver esse país sumir do mapa.

Eu já havia mostrado que a Turquia é um agente que tem o seu verdadeiro papel nesse conflito e no Oriente Médio minimizado. Fala-se sempre em um primeiro momento da disputa entre Estados Unidos e Rússia na região e, logo após, de Irã e de Israel, também inimigos, tendo os persas o auxílio russo e os judeus a ajuda norte-americana.

Mas e a Turquia, aquele país que foi por décadas a única democracia islâmica verdadeira? Quais as suas ambições?

Voltemos cem anos no tempo. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, os velhos impérios tiveram sua crise final: Império Alemão virou a República de Weimar, o Império Russo virou União Soviética (em 1922), o Império Austro-Húngaro se dividiu e o Império Turco Otomano virou a Turquia e perdeu outros territórios que estavam sobre o seu controle.

Os turcos foram os grandes inimigos da Europa cristã durante muito tempo, mas, na altura da Primeira Guerra Mundial, os velhos rancores foram esquecidos por parte de alemães e austro-húngaros que agora estavão unidos na Aliança para vencer a Entente nesse conflito. Turcos, Alemães e Austro-Húngaros tinham dois inimigos preferenciais do outro lado: A Rússia e a Inglaterra.

Turquia e Rússia são dois estados historicamente beligerantes. A tradição ortodoxa russa narra que o país dos czares é o herdeiro legítimo da tradição do Império Bizantino e que, em um dia no futuro da História, os moscovitas irão partir em uma Cruzada para reconquistar Bizâncio e depois Jerusalém. Pode se pensar que isso é apenas um vestígio de um pensamento medieval, mas não podemos e nem devemos diminuir a influência que a Igreja Ortodoxa tem sobre a mentalidade de Vladimir Putin.

Notícia fresca deste domingo aponta que Recep Tayyp Erdogan venceu o plebiscito onde a população turca foi consultada se queria abolir ou não o parlamentarismo. Com essa vitória, legalmente, ele poderá se manter no poder até 2029.

Erdogan é, como todo tirano sábio, um pragmático. Tem muita cautela em suas ações e sabe aproveitar o timing para impor as mudanças necessárias para aumentar o seu poder. Ao passo que mantém uma política econômica austera, defende uma ação geopolítica ativa e expansionista. O atual presidente turco é a encarnação daquilo que é chamado de neo-otomanismo, doutrina que defende um amplo protagonismo da Turquia em áreas que pertenceram no passado ao Império Turco Otomano, como o norte da África, Bálcãs e Cáucaso.

O sonho turco é reaver essa áreas, recriando o velho império Otomano, destruindo todo o secularismo e o republicanismo da República Turca, criada por Attaturk.

Na perspectiva turca, os estados que existem hoje na região como Líbano, Síria, Iraque, Jordânia devem deixar de existir e são os alvos preferenciais das investidas de Erdogan. Num segundo momento o Irã deverá também ser alvo do interesse turco.

Por que a Síria é tão importante para Moscou?

A Europa é dependente hoje do gás natural que os russos vendem. Há um interesse mútuo e a economia russa, sobretudo, é hoje dependente das vendas desse gás para o velho continente. Existem, contudo, alternativas sendo cogitadas para poder dar aos países europeus novos fornecedores dessa comodite tão importante e uma delas é trazer gás diretamente do Iraque, com um gasoduto passando pela Síria. Evidentemente a Rússia não apoia isso.

Assad é contra a passagem de gasoduto europeu-iraquiano pelo seu território e, enquanto estiver no poder, não há perspectiva de mudança nesse cenário, o que mantém a Europa quase como refém energética dos russos.

Erdogan

A Turquia tem uma perspectiva política europeia. Espera ganhar economicamente com o comércio de gás natural e pode dar a solução que a Europa quer, tirando a Síria e Assad do caminho. O que os turcos querem na verdade é agregar a quase totalidade do território sírio. Ganharia nisso a Europa e a Turquia, mas perdem a Rússia e Israel, que não pode tolerar uma ação expansionista de qualquer território na região (isso por que o movimento sionista tem o seu próprio projeto de expansão imperialista, o Eretz Israel).

Erdogan será um novo sultão? Isso a história brevemente confirmará ou desmentirá, mas que essea perspectiva narrada aponta para um futuro tenebroso é algo que não pode ser negado. Podemos é apenas torcer para que as forças de Assad e da Rússia consigam varrer o radicalismo islâmico e que a Síria possa se reconstruir e se fortalecer como estado nacional tampão, capaz de frear o expansionismo otomano e hebreu.

Verdade turca: quando você, democraticamente, remove a democracia do seu país.


O paulistano eterno

 Me identifico com o paulistano que mora na casa que restou numa rua em dissolução. É como o velho morador de Pinheiros, que habitava uma ca...