sexta-feira, 11 de julho de 2025

Um pentecostalismo elegante.

 Faleceu no último fim de semana o pastor Gedelti Gueiros, fundador da Igreja Cristã Maranata. Aqui em São Paulo essa denominação evangélica não é tão relevante, numericamente, como é no seu estado de fundação, o Espírito Santo. Os Gueiros eram presbiterianos que se separaram do presbiterianismo e caminharam em direção ao pentecostalismo. O que me chamou sempre a atenção, observando o movimento pelo olhar sociológico, é que a família Gueiros era uma família bastante educada, com acesso à espaços de poder. O pastor Gedelti foi um importante dentista e uma figura extremamente respeitada na sociedade capixaba. O atual presidente da igreja, Alexandre Gueiros é jurista e diplomata. O destacado poeta Carlos Nejar, membro da Academia Brasileira de Letras é pastor maranata. 

Em um contexto de baixa escolarização, como é, normalmente, o meio pentecostal brasileiro, estejamos falando de lideranças ou de fiéis, a liderança presbiteral da Igreja Maranata tende a fugir da regra. Embora não pareça que seja dado destaque a essas figuras por suas formações profissionais e acadêmicas, ainda assim isso se destaca. Carlos Nejar talvez seja o protestante mais destacado nas letras brasileiras. Não me recordo agora de outro nome, ao menos vivo, que possa fazer-lhe sombra nesse quesito. Ao menos que tenha algum reconhecimento sobre si. Há inúmeros professores, acadêmicos que são evangélicos, mas não gozam do prestígio que o poeta tem. 

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