segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

O desafio do estado

Vejo pelas redes sociais até hoje (e talvez ainda mais hoje) muita gente brigando para se mostrar mais ou menos de direta ou mais ou menos de esquerda e, alguns bem poucos, ao centro político.

Faz tempo que considero a simples divisão entre esquerda e direita como insuficientes para poder explicar a grande complexidade do mundo político.

Existem grupos políticos ou doutrinas políticas que, por certos aspectos, podem ser classificadas ora na direita, ora na esquerda. Vejamos os movimentos de perfil nacionalista do século passado. O nacional socialismo, o fascismo, o salazarismo, o franquismo, o integralismo, o peronismo, o varguismo e outros, mas paremos por aqui.

Na economia, o caminho que esses movimentos seguiram pode ser colocado mais à esquerda, sem contudo ser considerado marxista. No aspecto social, eles estão mais a direita, propondo a manutenção ou a restauração de aspectos morais e sociais que acabaram perdendo forças com as dinâmicas sociais do fim do século XIX em diante.

E mesmo entre eles as diferenças são muitas e inconciliáveis. Como associar o nacional socialismo com o integralismo? Um é racista, anti-miscigenação, anti-cristão, imperial. O outro é a favor da miscigenação, nada racista, católico ultramontano e municipalista. Apesar de poderem ser classificados dentre de um mesmo conjunto de movimentos políticos que possuem algo em comum (o repúdio ao liberalismo político e econômico e ao marxismo e a defesa do estado corporativo) ainda assim as diferenças entre eles são enormes.

Agora, no Brasil de hoje, o estado tem uma atuação ainda muito forte. Mussolini no Brasil seria um liberal! A carga tributária e a maneira como os impostos são arrecadados e gastos são vergonhosas. É uma verdadeira expropriação dos indivíduos e das empresas. Receio que nenhum dos regimes de tipo "fascista" tivesse uma arrecadação de impostos tão inadequada como essa que existe no Brasil. E a nossa esquerda fecha completamente os olhos para esse problema e só vê a completa espoliação como saída, inventando agora a descabida e ineficiente tributação de heranças e grandes fortunas (um ideário claramente marxista-reformista).

Não há jeito, o Brasil precisa acabar! O estado brasileiro é o maior promotor de injustiças desde Pôncio Pilatos!








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