segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Resposta ao chanceler Ernesto Araújo

Resposta minha a esse texto do sr. chanceler: "Querer grandeza"


A interpretação nacionalista da história do Brasil é um erro do começo ao fim. O historiador paulista Alfredo Ellis Júnior, deputado constituinte em 1934 e filho do senador Alfredo Ellis, muito bem já disse (cito de cabeça) que "Não existe a história do Brasil. O que existe é a soma de capítulos de histórias regionais". Entender o Brasil como império e, por consequência, plurinacional, seria o correto. Não consigo compreender como pessoas de tão elevado gabarito intelectual, que, quero crer, devem ter lido a maior parte dos ensaios que ajudaram a formar a mentalidade unionista de nossas classes letradas, ainda assim permanecem a ver o Brasil como uma nação. O conceito de nação não serve ao Brasil e traçar políticas públicas tendo por base a concepção de que somos uma só nação e um só povo é equivocado! O Brasil está mais para Austria-Hungria do que para França. É Rússia tropical, não Portugal nos trópicos. Todo o fracasso do empreendimento civilizacional no Brasil não é culpa de uma esquerda marxista, antes de uma mentalidade centralista e unionista de nossas elites, muito em especial, as do nordeste e, sobretudo, do Rio de Janeiro. Ou se acaba com o governo federal ou ele acabará com os indivíduos. Confederação ou secessão!

Livro de Alfredo Ellis Júnior, historiador paulista quatrocentão (por lado materno), fundador da cátedra de História da USP e separatista paulista declarado

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