quinta-feira, 28 de abril de 2011

Paulo Prado e a Raça de Gigantes

Monumento ao Bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, em Goiânia, Capital de Goiás
O único tipo racial formado no Brasil que deveria constituir um tipo puro foi o paulista, dos primeiros tempos. Não cabe entrar numa discussão regionalista, no entanto, Prado acreditava que o isolamento de homens fortes contribuiu para formar aquilo que Moritz Wagner classificou de “ilha de evolução” ou “centro de isolamento.” De acordo com Wagner, seria bastante provável que uma nova espécie se formasse tendo progenitores diferentes numa mesma localidade. Esses homens de ambição desmedida viveriam, segundo Prado, “num contínuo sonho de esperança, vítimas de uma espécie de loucura, forma aguda e crônica de uma doença que é a paixão do jogo.” Nos primeiros tempos, os paulistas teriam demonstrado uma disposição racial mais inclinada à superioridade. O fato é que Prado não chega a afirmar categoricamente mas fica subentendido que, na medida em que também os paulistas estabeleciam comunicação com outras regiões descobertas, tornavam-se mais fracos.
In: TRISTEZA TUPINIQUIM: a melancolia brasileira no retrato do Brasil de
Paulo Prado. 
Artigo de Cláudio Lúcio de Carvalho Diniz

Artigo muito bom. Recomendo a leitura a todos, não só do artigo como também do livro Retrato do Brasil, de Paulo Prado.

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