sexta-feira, 25 de março de 2011

História: Paulista Tea Party

19 de março de 1964 - Marcha da Família com Deus pela Liberdade

Na capital paulista, 500 mil pessoas participaram da Marcha da Família com Deus pela Liberdade em defesa da Constituição e das instituições democráticas brasileiras e de repúdio ao comunismo.
A Marcha saiu da Praça da República ao som dos clarinetes dos Dragões da Força Pública, e chegou à Praça da Sé com os sinos de todas as igrejas repicando simultaneamente, enquanto a banda da Guarda Civil executava Paris Belfort, o hino da Revolução constitucionalista de 1932.

Falaram durante a concentração em frente à Igreja da Sé o Senador Auro de Moura Andrade, o deputado Herbert Levi, o Senador Padre Calazans, a Deputada Conceição da Costa Neves e outros oradores. O governador Carlos Lacerda, que assistiu a parte da concentração, disse que "São Paulo começou a salvar o Brasil".

O movimento era uma clara resposta às recentes decisões anunciadas pelo presidente João Goulart. São Paulo mostrava mais uma vez possuir um voto conservador.

Milhares de faixas conduzidas pelos manifestantes faziam alusão à integridade da Constituição, à democracia e às reformas, e combatiam o comunismo.

Nos cartazes portados pelos manifestantes, críticas diretas ao governo federal e até mesmo pedidos de impeachment a João Goular.

As principais faixas diziam: "Deputados patriotas, o povo está com vocês"; "Brizola: playboy de Copacabana"; "Reformas só dentro da Constituição"; "Basta de palhaçada, queremos Governo honesto"; "A melhor reforma é o respeito à lei"; "Senhora Aparecida iluminai os reacionários".

Essa demonstração de massa foi, a olhos militares, o aval definitivo para o golpe de 1964.


O aval que os militares precisavam

A Marcha foi uma resposta ágil e direta ao comício feito por João Goulart e os seus partidários na estação Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro.

Ele havia acabado de assinar o primeiro passo para a reforma agrária e o projeto que previa a encampação das refinarias particulares de petróleo. No palanque de 13 de março de 64, Miguel Arraes e Leonel Brizola também discursaram. Brizola foi o mais aplaudido.

Após deixar o governo, Jango exilou-se no Uruguai, e morreu na Argentina em 1976. Com o golpe de estado, os militares tomaram o poder e só o deixaram 21 anos depois.

Do blog "Hoje na História" no JB Online

terça-feira, 15 de março de 2011

Sinais dos tempos


Em meio a comentários nada sórdidos sobre a beleza de Sarah Palin em uma aula de História da América Colonial, chegou ao "debate" uma preciosa informação: uma igreja pentecostal do sul dos Estados Unidos é contra a ONU pois, segundo os seus seguidores, este órgão seria um dos pilares para o governo do Anti-Cristo e tudo mais que já sabemos (ou pelo menos pensamos que sabemos).

Bom, eu cheguei a algumas conclusões bastante lógicas:
  • Dizem que o diabo é velho
  • Tem cavanhaque (pelo menos no gibi ele tem!) e para ter barba é um pulinho.
  • Dizem por aí também que o Lula pode ser o novo secretário-geral do ONU.
  • Logo, estes redneck's tem 98% de chances de estarem totalmente corretos.
Esta citação sábia resume muita coisa:
Grana? GRANA A PUTA QUE PARIU, VAI PEDIR PRO LULA! VAI PEDIR PRO PT, FILHO DAS PUTA!
Alborghetti sobre tentativa de assalto

terça-feira, 8 de março de 2011

Dois países


Autor: J.R. Guzzo

O Brasil, como o governo nos informa há pelo menos oito anos, tem políticas culturais que causam inveja ao resto do mundo. Também está entre os melhores do planeta, conforme acaba de atestar o ministro de Minas e Energia, o Sistema Brasileiro de Produção e Distribuição de Energia Elétrica. Todos sabem que o Brasil dispõe do maior, melhor e mais admirado programa de ajuda aos pobres jamais visto sobre a face da Terra. São incomparáveis, igualmente, os benefícios que a população recebe em troca do dinheiro que entrega ao Fisco – o ex-presidente da República, a propósito, chegou a dizer em público que tinha “orgulho” dos impostos do Brasil e que um país só é desenvolvido se tem imposto alto. Somos abençoados, na verdade, até onde menos se espera. Jamais alguém poderia adivinhar, por exemplo, que o atendimento na rede pública de saúde é amplamente aplaudido pela população em geral; mas é justamente isso que nos revela um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, repartição estatística do governo federal que já descobriu, em pesquisas anteriores, que se paga pouco imposto no Brasil, o número de funcionários públicos é modesto e outros prodígios do mesmo porte.

O que mais? É melhor ir parando por aqui, pois esse tipo de lista vai longe. Mas é certo que isso tudo mostra, mais uma vez, as diferenças que existem entre o Brasil dos que governam e o Brasil dos que são governados. No Brasil dos governantes, festeja-se a excelência das “políticas públicas” para a cultura; no Brasil dos governados, há goteiras nos museus e cupins nas bibliotecas. No Brasil dos que governam, o último apagão de energia foi atribuído pelo ministro da área não a possíveis carências no sistema, mas a um probleminha bobo com a parafusem da cabecilha, ou algo parecido – coisa à toa de mecânica que não precisa preocupar ninguém. No Brasil dos que são governados, e no qual, para orgulho do ex-presidente, se pagam 45% de imposto sobre o montante de cada conta de luz, a energia simplesmente acaba. As diferenças entre esses dois países, um onde se manda e se cobra, outro onde se obedece e se paga, não são apenas uma curiosidade brasileira; têm consequências práticas, e aí se pode ver a segunda parte do problema. Um governo cada vez mais satisfeito consigo mesmo, que acredita na própria-propaganda e se informa sobre o Brasil lendo jornais ingleses e tomando como verdade qualquer elogio que receba em alguma língua diferente do português, está seriamente empenhado em arrumar confusão. Acostuma-se, entre outras coisas, a conviver em paz com sua incapacidade de execução. Enquanto a China, nos últimos sete anos, construiu 100.000 quilômetros de autoestradas e pôs em funcionamento 8 000 quilômetros de sua rede de trens de alta velocidade, para ficar só em exemplos da área de transportes, o Brasil federal não foi capaz de entregar um único metro de uma ou de outra coisa. A arrecadação total de impostos, em 2011, vai para mais de 1 trilhão de reais, mas o aeroporto principal da maior cidade do país até hoje não tem uma terceira pista, centenas de quilômetros de rodovias são descritos pelo próprio governo como “intransitáveis” e brasileiros continuam morrendo, a cada ano, por falta de obras de defesa contra acidentes naturais.

No problema diriam os jornais e revistas que deixam Brasília tão encantada. Talvez tenham razão. O problema é só de quem paga essa fatura.

O governo Dilma Rousseff mal completou dois meses e já tem um belo escândalo no prontuário: o Ministério do Esporte, privatizado alguns anos atrás em favor do Partido Comunista do Brasil, entregou algumas dezenas de milhões de reais a “ONGs” de militantes, amigos e conexos ou a empresas-laranja ligadas a elas, em troca de obras ou serviços que não foram feitos, ou foram feitos mal e porcamente. Nada de muito original, claro, mas quem sabe não haveria aí uma janela de oportunidade para a nova presidente? A oportunidade seria tomar partido, desde já e enquanto é tempo, contra a transferência de dinheiro público para os bolsos privados da “militância” – e avisar que não haverá lugar, em seu governo, para quem se mete nesse tipo de complicação. A alternativa é fingir que não está acontecendo nada de mais e esperar que o barulho passe. Foi o caminho escolhido por seu antecessor, com o resultado que se sabe: começou com Waldomiro Diniz, foi piorando e acabou em Erenice Guerra.

A cobra botou o seu ovo no governo Dilma. Se ele for deixado à vontade, só vai resultar em mais cobra.

Reabrimos, sobre velha direção

Eu não tenho a menor ideia de quantas vezes já abri e fechei esse blog a livre visitação. Agora, depois de um período de um mês, mais ou menos, ele de novo é reaberto.

Eu tenho tido muitas dificuldades em manter este blog como gostaria. Os motivos ? Penso alguma coisa, gostaria de escrever sobre, mas até ligar o computador e esperar ele me dar a oportunidade de operá-lo minimamente demora um catatau de tempo, logo, já perdi o interesse de blogar. E também há outros problemas, de ordem familiar, e sobretudo, a minha dedicação maior a leitura neste começo de ano. Tudo tem conspirado a favor de minha não blogagem. Mas não a abandonarei.

Os rumores silenciosos

Entre aqueles que são envolvidos no meio eleitoral, seja trabalhando para partidos políticos ou candidatos, seja o pessoal dos institutos de...