quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Pela cidade

 Pirituba, Jaguaré, Vila dos Remédios, São Domingos, Perús, Taipas, Vila Maria, Vila Medeiros, Tremembé, São Mateus, Cidade Tiradentes, Itaim Paulista, Penha, Vila Formosa, Teotônio Vilela, enfim, cito alguns distritos da cidade de São Paulo onde jamais coloquei os pés para quaisquer fins de natureza econômica ou material. Nunca fui procurar emprego, nunca fui no médico, nunca foi em uma palestra ou curso ou fui em algum comércio necessário nessas localidades. Todas elas ficam dentro da cidade de São Paulo. E mais, excetuando-se a Penha, onde fui algumas vezes nos últimos dez anos na igreja (portanto, um único endereço), de resto, praticamente não piso nesses lugares. Tenho dúvidas, inclusive, se já fui em Taipas ou na Vila Medeiros. 

A cidade de São Paulo é enorme. Está comunicada por uma extensa rede de transporte público, ônibus, trem e metrô. Circula-se livremente ainda em todas as regiões da cidade, inclusive aquelas mais perigosas. Claro, não vai entrando em uma viela qualquer no Jardim Angela, no Suvaco de cobra (Jardim Miriam) ou no Jardim Helena se você não for em um lugar muito específico dentro de alguma dessas favelas. De preferência, já esteja combinado com quem vai te receber. Nesses cantinhos andar em São Paulo talvez seja quase tão perigoso como andar no Rio de Janeiro, quiçá até mesmo em Salvador. Ainda assim, não troco as favelas paulistanas, as quais algumas já tive a necessidade de andar e não me senti intimidado. 

Não me consta que um dia na minha vida eu tenha ido até o Jardim Britânia, onde há um terminal (de quem deve ter sido a brilhante ideia de criar um terminalzinho ali? - Imagem fonte.)



Muitas vezes passeei de ônibus pela cidade. Sai sem um destino exato, pulando de terminal em terminal. Indo do Terminal Santo Amaro até o Terminal Praça Princesa Isabel (aliás, esse terminal será consumido pelas obras do novo palácio do governo que o senhor Tarcísio de Freitas está querendo construir nos Campos Elíseos? Talvez o terminal seja o ambiente mais salubre e civilizado de toda aquela região.) Do Terminal Praça Princesa Isabel pegava um ônibus até o Terminal Cidade Tiradentes e dali pegava o trólebus, passando por todo ABCD até chegar no Jabaquara, passando pelo corredor Diadema - Berrini, descendo na Avenida Santo Amaro ou, do Jabaquara pegando um ônibus de volta para o Terminal Santo Amaro. Já fui no Terminal Cachoeirinha, saindo do Largo do Paissandu, apenas para ver o terminal. Desci lá, fui no banheiro, olhei dois minutos e já embarquei de volta para outro local. Na verdade, terminais de ônibus não tem muita coisa a oferecer. 

Conheço a maioria dos terminais da cidade de São Paulo: Parelheiros, Varginha, Grajaú, Santo Amaro, João Dias, Capelinha, Campo Limpo, Amaral Gurgel, Praça Princesa Isabel, Parque Dom Pedro II, São Mateus, Vila Carrão, Cachoeirinha, Casa Verde, Bandeira, Pirituba, Cidade Tiradentes, Mercado, Pinheiros e Lapa. Há dois terminais bem próximos de onde moro e que passo em frente com alguma regularidade (de carro) e nunca andei neles: o Guido Calói (anexo aos fundos da Estação Santo Amaro do Metrô) e o Guarapiranga. Aliás, não sei se o Guido Calói é considerado terminal pela SPTrans.

Isso aqui era o Terminal Largo da Batata, em Pinheiros, no final dos anos 1990. Hoje a região ficou muito valorizada e é frequentada essencialmente por moleques maconheiros.


Pela cidade

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