quarta-feira, 6 de março de 2013

Dominicanos, professores e sexualidade

Em um determinado blog pessoal de um professor de História - não é este meu - o autor do texto fala de uma conversa que manteve com um professor, colega seu, já falecido, e que era um religioso dominicano. Sempre provocado sobre vários assuntos, quando perguntado sobre sexualidade o religioso afirmou isso ser uma questão de foro íntimo.

O blogueiro que relatou isso afirma que concorda com o que disse o dominicano, e coloca: se a pessoa tiver dúvidas quanto a questões de sexualidade ela deve recorrer ao psicólogo e ao médico, pois religiosos somente diriam chavões preconceituosos e dogmáticos incapazes de atender as questões daquele que se encontra aflito.

Eu não sou especialista em psicologia, nem mesmo li um livro sequer desta área, embora tenha tido em minha graduação dois semestres de psicologia, todavia não preciso ser nenhum "bonzão" com mestrado na PUC para ter uma simples opinião.

Ao meu ver psicologia é algo sintomático da vida urbana contemporânea, onde muitas pessoas pouco se lixam para a religião, e o que é pior, onde muitos que se dizem religiosos são incapazes de resolver suas questões mais simples entre si e Deus. Neste sentido o psicólogo é tem o papel deformado de um padre no confessionário, ouvindo as ladainhas aflitivas de cada um e propondo-lhes como solução um punhado de groselhas, visando aumentar a auto estima do paciente. Logo, qual é a razão para um psicólogo ser referência para resolver problemas sexuais? Apenas por ter lido Freud?

Todavia também penso que um religioso, seja padre ou ministro protestante, também não são as pessoas mais indicadas para dar conselhos sexuais individualmente. Se um jovem tem problemas nessa esfera, primeiro deve recorrer a seus pais, e a si mesmo, buscando ponderar as opiniões de quem o ama (a família) e de si mesmo, que conhece como ninguém o seu problema. O religioso tem papel como voz da moral geral da sociedade, e não como juiz, aplicando a severidade da lei em cada caso.

Talvez a grande questão seja pelo fato de que quando falamos hoje de uma questão "quente" de sexualidade, estejamos, via de regra, falando de homossexualismo, e é aí que está a grande polêmica, já que o homessexualismo não é apenas um problema individual, mas uma causa política de grande peso, usada e abusado por grupos diversos, mas normalmente indignos de qualquer apreciação positiva.

Aquele que tem problemas nesse sentido precisa, como em tudo, ter a humildade de se ver como um mero humano, um em 7 bilhões, pequeno e insignificante perante a história e às leis eterna,s da moral e da própria humanidade.


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