Conforme as eleições de 2018 vão ficando a cada dia mais perto, mais a imprensa tem se interessado em ouvir, de maneira séria, o deputado Jair Bolsonaro. Ocupando hoje na maior parte das pesquisas o segundo lugar, sempre atrás de Lula, Bolsonaro se consolida como um pré candidato sério, pelo menos sério na pretensão em disputar a presidência.
Vamos deixar as coisas mais claras: Bolsonaro é um sujeito de visão política muito limitada. De formação nacional desenvolvimentista (que é parte da formação de todo oficial militar brasileiro) ele flertou, todavia, com o liberalismo econômico. A alma de Bolsonaro não é liberal, é nacionalista. Ele buscou uma aproximação com o lobby pró Israel e o que vem recebendo? Hostilidades da maior parte da comunidade judaica, sempre ressabiada com políticos extremamente autênticos.
Bolsonaro, embora pré candidato a presidência ano que vem, ainda sequer tem um partido definido para disputar: aventam-se muitas hipóteses, desde o PR, de Valdemar Costa Neto, passando pelo PRB da Igreja Universal, além de Muda Brasil (partido em formação, criado também por Valdemar, que não agregaria tempo de TV nem fundo partidário para a campanha de 2018) e o PTN (que está mudando de nome para Podemos e é dominado pela família Abreu, dona de vários meios de comunicação, como rádios e tvs em São Paulo).
Se fosse um pouco mais "ligeiro" politicamente falando, Bolsonaro há muito já controlaria um partido, mas lhe faltou visão para isso. Tudo com ele parece ser sempre muito amador, feito de improviso, em cima da hora, de qualquer jeito, mesmo que seja certo ou venha dar certo é um risco que ele corre, de jogar fora a única oportunidade real que ele terá para ocupar a presidência. Se ele não levar este posto em 2018 não o levará em outra disputa, isso é um claro prognóstico. Caberia ai então preparar o filho Eduardo Bolsonaro para ocupar o lugar do pai, tal como a Frente Nacional da França fez com Jean Marie Le Pen e com Marine Le Pen.
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