segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Fetichismo moralizador

Nos estertores do reinado de Dom Pedro II os republicanos tinham como o principal elemento, fundamental de seu discurso, a moralização do governo e do país, que acusavam estar caquéticos e decrépitos, sendo o monarca o chefe e símbolo maior dessa situação.

A Aliança Liberal e os Tenentes nos anos 1920 e 1930 falavam em modernização do país, modernizar o governo, as instituições, as leis e a sociedade, e falavam contra a epidemia de imoralidade no governo. Essas vozes partiam de muitos lados: além de tenentes e da Aliança Liberal, também o Partido Democrático de São Paulo, um típico partido liberal-conservador de classes médias, próximo ao que veio ser um pouco mais a frente a UDN. Vimos o que deu o governo de Getúlio Vargas, filho e encarnação da própria suposta moralização.

Jânio Quadros, político histriônico, quis varrer a corrupção, e com seu estilo conseguiu sempre se sair bem, exceção feita no breve período em que foi Presidente no começo de 1961. Foi varrido de Brasília.
O PT passou duas décadas falando em moralizar o serviço público, em moralizar o governo, o país, mas lá dentro esqueceram de moralizar o partido, vide mensalões, Rosemerys e outros que tais do momento.

O que será que se passa?

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sapato preto

Eu tive um sapato preto que usei por muitos anos, acho que por pelo menos uns quatro anos. Não é o calçado que mais tempo durou no meu pé. Tem aqui em casa ainda hoje contemporâneos da época em que o sapato em questão dessa postagem chegou em casa, entretanto é bem verdade que não ando usando muito eles ultimamente, mas estão aqui na prateleira, mais ou menos bem alocados, esperando oportunidades de usá-los. Não tenho pressa em gastar os sapatos.

Aliás, é gozado observar que enquanto eu tenho uma prateleira de sapatos, minha mãe tem mais de três, e, registre-se ela ainda diz que é pouco.

Mas hoje eu quero falar de um sapato em especial.

Tinha solado de um plástico duro, horroroso, que demorou muito para gastar. Lembro-me que ele foi comprado no Largo 13, se a memória não me trai, no Calçados Cláudia, onde hoje fica um fast-food do Habibs ou do lado, não lembro agora. Acho que comprei junto com meu pai. O ano era 2005 e as finanças não permitiam maiores gastos com elementos do vestuário, porém, mais importante do que o fator econômico é o fator modéstia: nunca me importei por roupas caras, de shopping, tênis de marcas famosas e afins. Sendo de um estilo que me agrade está bom.

Quantas vezes fui a igreja com aquele par de sapatos. Tão mequetrefes que me serviam tão bem, que mesmo depois de usar vários anos seguidamente, eles ainda foram vendidos no brechó. Deu pra comprar um queijo branco, eu acho. Não lembro bem.

Novos estados na Federação Brasileira: alguns são necessários outros gerarão perigosos reflexos.

“A dimensão dramática da diferença é demonstrada no fato de que no início do século XIX a colônia espanhola dividia-se administrativamente e...