Quem estuda a História do Brasil sabe que todo o tipo de mudança já foi aplicada na política desse país: monarquia e república, república velha, nova e novíssima, ditadura civil e militar, sociólogo e operário. Todas as alternativas um dia aqui já foram um dia aplicadas e se mostram um completo e irrestrito fracasso.
O PT tem em sua história três grandes escândalos: o primeiro a morte de Celso Daniel, ocorrida em circunstâncias ainda não esclarecidas, passadas quase duas décadas; na sequência temos o Mensalão e, por fim, o Petrolão. São esses dois últimos que cabe aqui fazer uma interpretação mais específica.
Em comum tanto no Mensalão quanto no Petrolão está figura do papel que o poder judiciário vem desempenhar nesses dois escândalos. Joaquim Barbosa foi o primeiro a encarar o personagem de vingador negro a defender a ética, contra um sistema corrupto, quase como Batman em Gotham, ao enfrentar seus adversários. Hoje, com a Lava Jato, quem é o Harvey Dent do Brasil é o paranaense Sérgio Moro.
O povo, incitado pela mídia e pelas redes sociais, passa a acreditar nesses indivíduos, como sendo portadores de toda a luz e toda a verdade. Enxergam na República de Curitiba uma esperança de que esse país venha finalmente deixar de ser o eterno país do futuro, de um futuro que nunca chega. O povo precisa desses heróis que representem a luta eterna dos bons contra os maus, daquele que não só represente isso, mas que na prática sejam eles mesmos, a própria encarnação da ética e do bem.
É lamentável, mas a verdade histórica mostra que esse comportamento é enganoso. O indivíduo cria expectativas patrióticas com a esperança de que um, finalmente, esse país possa um dia deixar esse seu lodaçal no qual chafurda desde sempre.
Não há ou haverá juiz, promotor, político, padre ou pastor, ser humano qualquer capaz de fazer com que esse país possa realmente andar para a frente, deixar para trás esse mar de pecados que condenam esse país à perdição. Haveria que mudar o próprio povo, coisa que não é possível, logo, como uma sina, esse país caminha para sucumbir e ser esquecido pela história.
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