sábado, 17 de novembro de 2012

A fé de Abraão

O filósofo dinamarquês Soren Kierkgaard.
"Movido pela fé abandonou Abraão a terra de seus antepassados e foi estrangeiro na terra prometida. Abandonou algo, a sua razão terrestre, por outra, a fé; se meditasse quão absurda era a viagem, jamais teria partido. Por causa da fé foi estrangeiro na terra prometida onde nada havia que evocasse o que ele amou, onde a novidade das coisas gravava em sua alma a tentação de um amargo arrependimento. Entretanto, era ele o eleito de Deus, aquele no qual o eterno se revia! Verdadeiramente, se fosse deserdado, destituído da Graça de Deus, compreenderia melhor esta situação que parecia ridicularizá-lo e à sua fé. Existiu também no mundo quem vivesse exilado da pátria amada. Não foi olvidada, como não foram esquecidas as suas queixas entretecidas ali onde ele, em sua melancolia, buscou e achou o que perdera. Abraão não nos deixou lamentos. Sentir-se apiedado de alguém e chorar com alguém que chore é humano, porém é maior aquele que acredita e mais reconfortante ainda é contemplar o crente." 

KIERKEGAARD, Soren. Temor e Tremor. SP.: Saraiva, 2012. pp.25.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Meia volta volver

Depois de quase um ano sem postar absolutamente nada neste blog, eu resolvi retornar. O motivo da parada foi para mim muito importante: a necessidade de buscar um foco um pouco maior no último e derradeiro ano de minha graduação em História.

Neste último ano muita coisa mudou, e tenho a certeza de que muitas outras ainda hão de mudar até o fim de 2012 e com certeza em 2013. Nem toda a mudança é positiva, mas as que espero são amplamente positiva.

Quanto ao futuro desse blog, cheguei a conclusão de que ele me é extremamente necessário. Ele é bem visitado, não sei exatamente por que cargas d'água, mas é. Nos veremos muitas vezes. Um fraterno abraço aos bons leitores desse blog.

Lidos

De Outubro de 2011 até 26 de outubro de 2012.
  • Rumo a Estação Finlândia (Edmund Wilson) – Cia das Letras
  • Aventura, Corrupção e Terrorismo: a sombra da impunidade (Dickson Melges Grael) – Editora Vozes
  • Carta ao Papa (Leon De Grelle) – Editora Revisão
  • O Campo da História (José d’Assumpção Barros) – Editora Vozes
  • O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1879/1930 (Lilia Katri Moritz Schwarcz) – Cia das Letras
  • Desobediência Civil (Henry David Thoreau) –  e-book
  • O Século XX de 1914 aos nossos dias (René Rémond) – Cultrix
  • Geopolítica e Projeções de Poder (General Meira Mattos) – Biblioteca do Exército
  • O Século de Luís XIV – Col. História Universal (Carl Grimberg) – Segmento
  • O Queijo e os Vermes (Carlo Ginzburg) – Cia das Letras
  • A Revolução de 1930: História e Historiografia (Bóris Fausto) – Brasiliense
  • Hayek na UNB (Transcrição) – Editora UNB
  • A Era das Revoluções (Eric Hobsbawm) – Paz e terra
  • Ciência e Política: duas Vocações (Max Weber) – Martin Claret
  • Bandeirantes e Pioneiros (Vianna Moog) – Cia Editora Nacional
  • Saddam, o amigo do Brasil (Leonardo Attuch)
  • Novo Mundo nos trópicos (Gilberto Freyre) – Topbooks
  • Tristão e Isolda (lenda) – Martin Claret
  • Mil Anos de Felicidade: uma História do Paraíso (Jean Delumeau) – Cia das Letras
  • A Paixão de Cristo: Mel Gibson e a filosofia (Jorge J.E. Garcia, org.) – Madras
  • Da República (Cícero) – Escala
  • A Itália de Mussolini e a Origem do Fascismo – Ícone Editora
PRONTOS PARA A LEITURA
  1. Interpretação da realidade brasileira – João Camilo de Oliveira Torres
  2. Nações e Nacionalismo desde 1780 – Eric Hobsbawm
  3. A Invenção das Tradições – Eric Hobsbawm
  4. 1932: Imagens construindo a História – Jeziel de Paula
  5. São Paulo 1932: memória, mito e identidade – Marco Cabral dos Santos & André Mota
  6. A Lenda de uma quinta senhorial – Selma Lagerlöf
  7. Filosofia da Miséria – Tomos I e II - Pierre-Joseph Proudhon

Tu elevaste nossa pequenez

Nós te louvamos, Senhor,
porque nos concedeste uma graça imensa,
a qual devemos agradecer-te.
Tu te revestiste de nossa humanidade,
desceste com tua divindade, 
elevaste nossa baixeza,
ergueste-nos de nossa queda,
ressuscitaste nossa inteligência,
venceste nossos inimigos
e honraste nossa pequenez.
Senhor, nosso Deus,
por causa da superabundância de tua graça, 
nós te respondemos com cânticos, com glorificação
e com adoração agora e sempre.
(Meditação tirada das partes mais antigas da liturgia caldeia, Século II-III.  In.: DURCASE. Jean. Palavras para rezar – orações dos grandes orantes.  SP.: Paulinas, 1993.)

Novos estados na Federação Brasileira: alguns são necessários outros gerarão perigosos reflexos.

“A dimensão dramática da diferença é demonstrada no fato de que no início do século XIX a colônia espanhola dividia-se administrativamente e...