terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Greve da polícia no Espírito Santo: voltamos ao estado de barbárie

Eu não consigo ver nenhum paralelo com o que é o Brasil hoje, com nenhum outro momento da história desse país. São milhares de assassinatos por ano. Mata-se mais no Brasil do que na guerra civil da Síria. A vida no Brasil, já escrevi em outras partes, não vale nada. Mata-se por um tênis, por cinco reais ou por um bilhete único. Mata-se por qualquer coisa por que não se enxerga valor nenhum na vida humana,

A perspectiva política é a pior possível. Vivemos numa democracias de aparências, por que temos a falsa ideia de que realmente escolhemos o melhor candidato. As diferenças entre aqueles que disputam as vagas para os poderes executivo e legislativo são mínimas e os ladrões do erário público abundam em todas siglas. Todos os partidos estão comprometidos com esquemas sujos de poder. Nenhum partido defende de fato a família e os valores tradicionais.

Essa semana um dos estados mais esquecidos da grande mídia nacional, o Espírito Santo, está passando por essa crise que está sendo considerada a mais grave de toda a sua história. A polícia militar daquele estado, ilegalmente, está fazendo greve, deixando as ruas ao bel-prazer de todos os criminosos e aproveitadores.

No momento em que escrevo estas linhas já se contam 75 mortos naquele estado. Os vídeos gravados pela população e divulgados por meio das redes sociais, mostram o estado de completa selvageria, onde criminosos de toda a espécie estão saqueando o comércio, roubando, tudo aquilo que pode ser carregado. É um surto de total insensatez. 

Os pedidos e queixas das classes policiais militares capixabas são justas. Todos conhecemos o grau do risco que passam os agentes da lei daquele estado (de todas as unidades da federação, na verdade). Também sabemos que o momento pelo qual o país passa é o de uma crise econômica que há décadas não víamos. Os estados estão em estado falimentar. Não há condições para se requerer aumento nessas circunstâncias, todavia, se os policiais desejam pleitear melhores salários, eles tem todo direito constitucional para isso, exceto, fazer greve.

Todo corpo militar no Brasil, de acordo com o texto constitucional, não pode fazer greve (a Eliane Cantanhêde lembrou bem na Globonews: "Greve de militar tem outro nome. É motim. E é crime!). Deixar a população ao Deus-dará é um cúmulo da inconsequência e os agitadores e promotores desta rebelião precisam ser punidos na forma da lei.

E por falar em Globonews, registro aqui: a impressão que tenho é que a imprensa está minimizando o que está ocorrendo no Espírito Santo. Ou seja, estão ESCONDENDO e diminuindo os fatos, por que estes não agradam ao governo e à própria mídia, que há muito tempo DEFENDE o fim das polícias militares! Conspiração não é papo de ets, maçonaria e iluminati. Conspiração é o que o governo e a imprensa fazem com o povo!

Mas o que vamos esperar do país, afinal, os ladrões não estão só nas ruas de Vitória, Vila Velha e outras cidades do Espírito Santo. Os ladrões estão em cada câmara de vereador, prefeitura, assembleia e palácio desse país, sobretudo em BRASÍLIA, grande ninho dos ratos que corroem a nação.

O governo não tem condições morais de cobrar um conduta diferente. Se os policiais capixabas descumprem a lei, fazem inspirados pela completa certeza da impunidade e pelo total descrédito que tem no país, na lei e nas instituições. É preocupante o estado do Estado brasileiro! Do jeito que a coisa anda a união não durará mais uma década. A degradação dos liames que nos prendem está avançada. Ou seja faz uma verdadeira revolução no país ou ele acabará. Talvez seja melhor que ele acabe mesmo!


Um comentário:

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