segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Fetichismo moralizador

Nos estertores do reinado de Dom Pedro II os republicanos tinham como o principal elemento, fundamental de seu discurso, a moralização do governo e do país, que acusavam estar caquéticos e decrépitos, sendo o monarca o chefe e símbolo maior dessa situação.

A Aliança Liberal e os Tenentes nos anos 1920 e 1930 falavam em modernização do país, modernizar o governo, as instituições, as leis e a sociedade, e falavam contra a epidemia de imoralidade no governo. Essas vozes partiam de muitos lados: além de tenentes e da Aliança Liberal, também o Partido Democrático de São Paulo, um típico partido liberal-conservador de classes médias, próximo ao que veio ser um pouco mais a frente a UDN. Vimos o que deu o governo de Getúlio Vargas, filho e encarnação da própria suposta moralização.

Jânio Quadros, político histriônico, quis varrer a corrupção, e com seu estilo conseguiu sempre se sair bem, exceção feita no breve período em que foi Presidente no começo de 1961. Foi varrido de Brasília.
O PT passou duas décadas falando em moralizar o serviço público, em moralizar o governo, o país, mas lá dentro esqueceram de moralizar o partido, vide mensalões, Rosemerys e outros que tais do momento.

O que será que se passa?

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