sábado, 12 de abril de 2025

A falência inglesa.

Aprendi lendo alguma coisa por aí com a turma do Lyndon LaRouche, que é defensora da chamada "Escola Americana de Economia", que o liberalismo de tipo inglês, elaboração do escocês Adam Smith, é um instrumento para a o avanço do processo de riqueza dos países industrializados sobre os não industrializados. Isso porque os primeiros têm mais condições de avançar na tecnologia e nos preços, já que dominam a cadeia produtiva, enquanto aos segundos cabe entrar com a compra dos industrializados e fornecer matéria prima. Com alguma sorte e extrema competência desenvolver algum ramo da indústria nativamente e nisso se especializar. 

Poderia dizer que há muita ironia na história. Se a Inglaterra foi o primeiro país a se industrializar em larga escala e ser a terra em que o ideário liberal smithniano foi aplicado como dogma, hoje vemos esse país não ter uma indústria automobilística nativa de porte, nem indústria nacional de caminhões ou ainda padece em produzir aço para a construção de um novo submarino para sua armada, restando recorrer aos suecos e franceses nesse campo. 

Afinal de contas, os ingleses caíram na ladainha de Smith? Especializaram sua economia e viram quais as suas vantagens competitivas? Não é isso, é que estamos mesmo assistindo a destruição final do centro daquele que foi o maior império em extensão territorial de toda a história. A Inglaterra como império desapareceu com a Segunda Guerra Mundial, embora essa saída do cenário geopolítico de primeira importância já estivesse prescrito com o fim da I Guerra Mundial, quando os americanos saíram como os fiadores da Pax Mundial de então. Depois disso, só ladeira abaixo. Pós Mag Tatcher o liberalismo afundou ainda mais o país, ao contrário do que a direita neo-con adora veicular. Ainda que tenha determinados pressupostos coerentes, esse liberalismo econômico adotado no fim dos anos 70 e que perdura até hoje, é pensado milimetricamente para ser um solvente dos estados nacionais soberanos. É a ação econômica neoliberal de uma banda e a ação do marxismo cultural de outra. É o binômio da destruição de uma nação. A Inglaterra, controlada por muçulmanos e indostânicos, um país de ateus que não fazem filhos, um país abertamente em desindustrialização e desagregação política, que vive apegado às ilusões nababescas de uma vetusta monarquia. A Inglaterra, que no jargão futebolístico moderno, pode ser chamada de "ex-império em atividade". Essa mesma Inglaterra não sairá facilmente do atoleiro liberal modernista em que se meteu, assim como quase toda a Europa. 

Adendo: defendo que o Brasil, ou ainda, a América do Sul "compre" a Inglaterra. Explico. Baseado no poderia econômico atual sul-americano, especialmente da América Portuguesa, natural é que se invista noutros países. Para nós seria ótimo comprar a expertise do que sobrou de decente na indústria inglesa, especialmente nas áreas de infraestrutura, farmácia, química, varejo e todo o mais que for lucrativo. Dirão que é maluquice, mas não é. A JBS-Friboi, AmBev e Kfraft-Heinz estão aí para reforçar a minha tese. 

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